JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), ignorou os apelos do PMDB e anunciou ontem que o petista Rui Falcão, 60, será o vice de sua chapa na disputa pela reeleição, em outubro. Falcão ocupa a Secretaria de Governo e é hoje o braço direito da prefeita.
"Quem vai indicar o vice é o PT. E será o Rui Falcão", disse a prefeita. A indicação de Falcão deverá ser referendada pelo Diretório Municipal do PT neste final de semana. Marta controla cerca de 80% dos delegados do diretório.
O presidente estadual do PMDB, o ex-governador Orestes Quércia, havia condicionado a coligação de seu partido com o PT à concessão da vaga de vice.
Marta, segundo petistas, planeja disputar o governo do Estado em 2006, caso vença seja reeleita agora para a Prefeitura. Para isso, quer ter um vice de sua inteira confiança, afim de pode se desimcopatibiulizar da gestão municipal para concorrer. Um vice do PMDB de Quércia acabria ammarrando-a ao cargo de prefeita.
A prefeita ainda tentará se coligar com o PMDB. Com o apoio dos peemedebistas, o tempo de TV da petista praticamente dobraria -de cerca de sete minutos passaria a quase 13.
Os vereadores do PMDB, que apóiam Marta na Câmara, são favoráveis à coligação desde que haja composição na chapa proporcional (a de vereadores), o que causa protesto em parte da bancada petista na Câmara.
O nome de Falcão, que será apresentado hoje com o apoio de um terço dos 45 integrantes do Diretório Municipal, deve ser aprovado neste final de semana, durante o 15º Encontro do Diretório Municipal do PT. A oficialização da chapa Marta/Rui Falcão só deve acontecer, no entanto, em junho, prazo legal para a realização das convenções dos partidos.
Cerca de 780 delegados votam na escolha do vice. Segundo estimativas da direção do partido, Marta controla cerca de 80% dos votos. Até ontem, só o secretário de Governo havia sido apresentado como pré-candidato do PT.

Polêmica
Para o encontro de hoje, foram apresentadas quatro teses que abordam o tema, mas deve ser ratificada, com emendas, a proposta do Diretório Municipal do partido.
A Folha teve acesso ao documento, que defende a formação de alianças "com os partidos que compõem a base de sustentação do gove
c=psdb rno Lula e que deram sustentação à prefeita na Câmara". Além do PMDB, o PTB e o PL encaixam-se nessas condições.
A tendência de esquerda "O Trabalho", que apresentou uma das teses, questionará hoje a aliança com essas siglas. Petistas dessa corrente devem se abster de referendar, no domingo, o nome de Marta para a disputa, alegando que o partido atropelou o processo de prévias no ano passado.


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