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OUTRO LADO
Não há benefício para servidores, dizem deputados
DA REPORTAGEM LOCAL
Os deputados tucanos responsáveis pela nomeação, exoneração e transferência de servidores, cujos salários ultrapassavam o teto do funcionalismo,
disseram que não agiram para
beneficiar os funcionários .
O deputado Edson Aparecido (PSDB), por meio de sua assessoria, informou que Neusa
Maria Mori Mendes trabalha
em seu gabinete no período da
manhã e que, à tarde, faz "trabalhos externos". Quanto à cunhada dela, Maria Alexandrina
Amaro Mori, a responsabilidade, afirmou, é do colega Vanderley Macris (PSDB).
Já Macris disse que Maria
Alexandrina "presta auxílio"
no gabinete da liderança. "Como ela conhece muito o funcionamento da Casa, ela presta
um tipo de colaboração." Segundo Macris, desde janeiro de
2004, a aposentada não recebe
nada pela Assembléia.
O aposentado Luiz de Godoy
Cotti, que também trabalha na
Casa sem ter cargo, também é
um "colaborador" e não recebe
salário, informaram assessores
do tucano Sidney Beraldo.
A assessoria de Campos Machado (PTB), após afirmar que
Fábio Teganho Cotti não trabalhava para o deputado, mudou
de versão cerca de meia hora
depois. Limitou-se a dizer que
ele trabalha, sem especificar as
suas atribuições.
João Caramez (PSDB), que
incluiu num documento o pedido de transferência do secretário-geral parlamentar Auro
Augusto Caliman para o Tribunal de Contas do Estado, disse
que o processo foi legal.
"Não foi para fugir do teto salarial. O cargo de Caliman é no
TCE, mas ele continuou na Assembléia a pedido do Beraldo
[que deixa a presidência no dia
15]", disse Caramez.
Na sexta-feira, a Folha telefonou pelo menos cinco vezes para o gabinete de Caliman na
Assembléia, mas ele não foi localizado. A secretária informou
que passaria o recado da reportagem e que, se pudesse, ele retornaria a ligação, o que não
ocorreu.
Segundo a secretária, Caliman passou o dia em reunião
com parlamentares para discutir assuntos da Casa. O local do
encontro, no entanto, ela disse
que não sabia informar.
A assessoria do governador
Geraldo Alckmin informou
que o projeto de lei complementar do Tribunal de Contas
do Estado foi aprovado pois era
uma necessidade do órgão.
Quando ao fato de o servidor
transferido não trabalhar no
TCE, informou se tratar de um
assunto do Poder Legislativo,
ou seja, que foge da alçado do
Executivo do Estado.
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