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Ação contra prefeita cita ministro
EDUARDO DE OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA
O ministro da Previdência, Romero Jucá, teve seu nome envolvido numa ação civil pública em
que o Ministério Público de Roraima acusa sua mulher de participar de um esquema para desvio
de dinheiro do erário municipal.
Em decisão publicada na terça-feira em Roraima, o juiz César
Henrique Alves decretou a indisponibilidade dos bens e o bloqueio das contas bancárias da
prefeita de Boa Vista, Teresa Jucá
(PPS). A mulher do ministro é
acusada de improbidade administrativa por ter ordenado o pagamento de R$ 4,9 milhões por
serviços de coleta de lixo que não
teriam sido realizados pela empresa que havia sido contratada.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a microempresa F.
Paulo Lucena Cabral, vencedora
de uma licitação em 2001, recebeu
o valor para serviços de limpeza
em 18 bairros de Boa Vista. O Ministério Público sustenta que,
apesar disso, a executora dos trabalhos foi a própria prefeitura.
Como provas, os promotores
anexaram à ação fotografias de
veículos da prefeitura que, segundo eles, eram utilizados para limpeza dentro da área de concessão.
Além da prefeita, o dono da empresa, Francisco Paulo Lucena
Cabral, e os servidores Alberto
Elionai Rodrigues Leitão e Arthur
Machado Filho também tiveram
seus bens e contas bloqueados.
Na ação, assinada pelos promotores Luiz Antônio Araújo de
Souza e João Xavier Paixão, Romero Jucá é citado em trecho em
que se levanta suspeita sobre a licitação. É relatada uma reunião
que teria ocorrido em 2001 na
qual Jucá teria discutido o loteamento de Boa Vista em três setores para serviços de limpeza e a
destinação deles a quatro empresários, um deles Cabral.
A assessoria do ministro informou que ele "afirma categoricamente" que essa reunião não
ocorreu. A reportagem não localizou ontem a prefeita Teresa Jucá.
Anteontem, ela divulgou nota na
qual reclamava não ter sido ouvida nenhuma vez e prometia esclarecer os fatos na Justiça. A reportagem procurou o empresário Cabral, mas ele não atendeu as ligações. Os dois funcionários públicos citados não foram localizados.
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