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Após aprovação, FHC tenta acalmar o mercado
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em uma tentativa de acalmar o
mercado financeiro, o presidente
Fernando Henrique Cardoso
aproveitou a aprovação da prorrogação da CPMF ontem no Senado para reiterar que o governo
agirá com firmeza e serenidade
para manter o país na "trilha da
responsabilidade" diante das recentes turbulências financeiras e
durante o processo eleitoral.
"Seja qual venha a ser o resultado [das eleições", os compromissos que os líderes brasileiros têm
com a Nação são suficientes garantia e maturidade -que já demonstramos nesses anos todos-
de que continuaremos a trilhar
um caminho de responsabilidade", disse. Para ele, as eleições são
um motivo de orgulho.
Nesse ponto, FHC destoou do
discurso tucano, segundo o qual
apenas o presidenciável tucano
José Serra seria capaz de manter a
estabilidade. Para FHC, a aprovação da CPMF é um exemplo de
responsabilidade política. "O Brasil pode ter confiança em que, nos
momentos necessários, nós sempre atuamos coordenadamente,
com patriotismo, sem extremar
em posições abstratas, olhando o
que é necessário fazer para manter o país no bom caminho."
A aprovação, para FHC, dá sinal
claro de que o país poderá garantir a "continuidade administrativa" e o superávit fiscal. Trata-se
de uma referência à economia de
gastos para pagar os juros da dívida da União. A capacidade de pagar a dívida é um dos pivôs das
turbulências na economia.
No Planalto, a avaliação é que o
discurso de associar Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) ao caos econômico também contribuiu para gerar a atual turbulência. Feito o estrago, a campanha de Serra e FHC
acertaram que o presidente se
preservaria, evitando o carimbo
de "terrorismo eleitoral".
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