São Paulo, quinta-feira, 13 de junho de 2002

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Após aprovação, FHC tenta acalmar o mercado

LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em uma tentativa de acalmar o mercado financeiro, o presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou a aprovação da prorrogação da CPMF ontem no Senado para reiterar que o governo agirá com firmeza e serenidade para manter o país na "trilha da responsabilidade" diante das recentes turbulências financeiras e durante o processo eleitoral.
"Seja qual venha a ser o resultado [das eleições", os compromissos que os líderes brasileiros têm com a Nação são suficientes garantia e maturidade -que já demonstramos nesses anos todos- de que continuaremos a trilhar um caminho de responsabilidade", disse. Para ele, as eleições são um motivo de orgulho.
Nesse ponto, FHC destoou do discurso tucano, segundo o qual apenas o presidenciável tucano José Serra seria capaz de manter a estabilidade. Para FHC, a aprovação da CPMF é um exemplo de responsabilidade política. "O Brasil pode ter confiança em que, nos momentos necessários, nós sempre atuamos coordenadamente, com patriotismo, sem extremar em posições abstratas, olhando o que é necessário fazer para manter o país no bom caminho."
A aprovação, para FHC, dá sinal claro de que o país poderá garantir a "continuidade administrativa" e o superávit fiscal. Trata-se de uma referência à economia de gastos para pagar os juros da dívida da União. A capacidade de pagar a dívida é um dos pivôs das turbulências na economia.
No Planalto, a avaliação é que o discurso de associar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao caos econômico também contribuiu para gerar a atual turbulência. Feito o estrago, a campanha de Serra e FHC acertaram que o presidente se preservaria, evitando o carimbo de "terrorismo eleitoral".


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