São Paulo, quinta-feira, 13 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SAIBA MAIS

Atentado foi obra do terrorismo de direita em 1981

DA REDAÇÃO

O atentado do Riocentro é o símbolo do terror de direita que atingiu o país no regime militar. Paradoxalmente, marcou o fim da subversão promovida pelos conservadores.
O terrorismo de direita, bastante ativo no Brasil até a edição do AI-5, em 1968, recrudesceu quando o presidente Ernesto Geisel iniciou a abertura. A onda de atentados se intensificou após a anistia, em 1979, que permitiu a volta dos exilados, atingindo o auge em 1980.
O terror prosseguiu até 30 de abril de 1981. Naquela noite, enquanto as TVs transmitiam a semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol, duas bombas explodiram no Riocentro, onde ocorria um show comemorativo do Dia do Trabalho.
A primeira estourou dentro de um carro Puma, matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário e ferindo o capitão Wilson Luiz Chaves Machado, ambos do 1º Exército. Minutos depois, outra bomba explodiu na casa de força do Riocentro.
O Exército assumiu as investigações e, contrariando laudos que indicavam que a bomba explodira no colo do sargento (sinal de que ele estaria manipulando o artefato), concluiu que os militares tinham sido vítimas do atentado. Os culpados não foram identificados. O inquérito foi arquivado, e o Superior Tribunal Militar se negou a desarquivá-lo em 1981, 1985, 1988 e 2000. Mas, após o Riocentro, os atentados cessaram.



Texto Anterior: Lula acusa governo de gestar Riocentro econômico no país
Próximo Texto: Para Marta, país terá de escolher entre Soros e Lula
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.