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SAIBA MAIS
Atentado foi obra do terrorismo de direita em 1981
DA REDAÇÃO
O atentado do Riocentro é o
símbolo do terror de direita
que atingiu o país no regime
militar. Paradoxalmente, marcou o fim da subversão promovida pelos conservadores.
O terrorismo de direita, bastante ativo no Brasil até a edição do AI-5, em 1968, recrudesceu quando o presidente Ernesto Geisel iniciou a abertura.
A onda de atentados se intensificou após a anistia, em 1979,
que permitiu a volta dos exilados, atingindo o auge em 1980.
O terror prosseguiu até 30 de
abril de 1981. Naquela noite,
enquanto as TVs transmitiam a
semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol, duas bombas explodiram no Riocentro,
onde ocorria um show comemorativo do Dia do Trabalho.
A primeira estourou dentro
de um carro Puma, matando o
sargento Guilherme Pereira do
Rosário e ferindo o capitão
Wilson Luiz Chaves Machado,
ambos do 1º Exército. Minutos
depois, outra bomba explodiu
na casa de força do Riocentro.
O Exército assumiu as investigações e, contrariando laudos
que indicavam que a bomba
explodira no colo do sargento
(sinal de que ele estaria manipulando o artefato), concluiu
que os militares tinham sido vítimas do atentado. Os culpados
não foram identificados. O inquérito foi arquivado, e o Superior Tribunal Militar se negou a
desarquivá-lo em 1981, 1985,
1988 e 2000. Mas, após o Riocentro, os atentados cessaram.
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