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Governo recusa idéia de unificar investigações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes do governo no
Congresso recusaram ontem a
proposta da oposição de juntar
todas as investigações da crise
política na CPI dos Correios.
Avaliando que politicamente é
mais vantajoso para o Palácio
do Planalto pulverizar os focos
de atenção sobre o Congresso,
os governistas acertaram o início do funcionamento da CPI
do Mensalão para a próxima
terça-feira, quando serão eleitos presidente e relator.
A decisão foi tomada em reunião entre o presidente do
Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes
do governo e da oposição.
"Transformar o "mensalão" em
subcomissão da CPI dos Correios é na verdade uma proposta para não se investigar. Nós
vamos até o fim", afirmou
Aloizio Mercadante (PT-SP),
líder do governo no Senado.
Com isso, serão três novas
CPIs em funcionamento. A dos
Correios, a do Mensalão e a dos
Bingos, que ouve hoje o dono
de casas de jogos Carlos Cachoeira, estopim da crise política enfrentada pelo governo em
2003, quando o ex-assessor da
Casa Civil Waldomiro Diniz foi
mostrado em uma gravação recebendo propina.
O final da sessão na Câmara
foi marcado por um bate-boca
entre a deputada Laura Carneiro (PFL-RJ) e o deputado Inocêncio Oliveira (PMDB-PE),
que presidia a Mesa.
A deputada, segundo Inocêncio, teria feito gestos obscenos
para ele por não ter conseguido
obter a palavra na sessão que
discutia o aumento salarial para os funcionários da Câmara.
Irritada com a atitude de Inocêncio, a deputada atirou o microfone em direção à Mesa.
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