São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

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Governo recusa idéia de unificar investigações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os líderes do governo no Congresso recusaram ontem a proposta da oposição de juntar todas as investigações da crise política na CPI dos Correios. Avaliando que politicamente é mais vantajoso para o Palácio do Planalto pulverizar os focos de atenção sobre o Congresso, os governistas acertaram o início do funcionamento da CPI do Mensalão para a próxima terça-feira, quando serão eleitos presidente e relator.
A decisão foi tomada em reunião entre o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes do governo e da oposição. "Transformar o "mensalão" em subcomissão da CPI dos Correios é na verdade uma proposta para não se investigar. Nós vamos até o fim", afirmou Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado.
Com isso, serão três novas CPIs em funcionamento. A dos Correios, a do Mensalão e a dos Bingos, que ouve hoje o dono de casas de jogos Carlos Cachoeira, estopim da crise política enfrentada pelo governo em 2003, quando o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz foi mostrado em uma gravação recebendo propina.
O final da sessão na Câmara foi marcado por um bate-boca entre a deputada Laura Carneiro (PFL-RJ) e o deputado Inocêncio Oliveira (PMDB-PE), que presidia a Mesa.
A deputada, segundo Inocêncio, teria feito gestos obscenos para ele por não ter conseguido obter a palavra na sessão que discutia o aumento salarial para os funcionários da Câmara. Irritada com a atitude de Inocêncio, a deputada atirou o microfone em direção à Mesa.


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