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Toda Mídia
NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br
Doha, de novo
Mais uma longa entrevista de Celso Amorim, agora
ao "Le Monde", e o tema é o mesmo: "Resta uma pequena chance de concluir o ciclo de Doha", no título
aspeado. Descreve a chance como "intuição" de Lula.
Que não está sozinho, diz o jornal, no artigo "Lula e
Pascal Lamy movem céu e Terra".
Os dois tentar mover, em especial, a Índia. O francês
presidente da OMC está em Nova Délhi e surgiu ontem no "Times of India" dizendo que "a política está
impedindo acordo", enquanto o negociador indiano
respondia no "Hindu" prometendo ceder se baixar "o
preço que os países em desenvolvimento teriam de
pagar para os desenvolvidos cortarem subsídios". No
meio, Lula ligou ao primeiro-ministro Manmohan
Singh para falar que deve "jogar tudo" para Doha não
morrer "na praia". Ecoou por AP, Efe.
MAIS UMA CHANCE
Jorge Castañeda, em novo ensaio na "Foreign Affairs"
de setembro/outubro, que chega hoje às bancas, anuncia
que é "Manhã na América Latina" e, abaixo do título, alerta para "A chance de um novo começo".
Diz que o futuro presidente dos EUA precisa enfrentar
questões "críticas" para se reaproximar: Cuba, imigração,
comércio e as "duas esquerdas". E não pode afastar aliados, como fez ao manter a tarifa sobre o etanol brasileiro.
Otimista, afirma que John McCain e Barack Obama têm
"as melhores qualidades, em uma geração, para lidar com
o melhor grupo de líderes progressistas, modernizantes e
democráticos da história da América Latina".
"HARMONIA E O SONHO"
Sob o título acima, ontem no "New York Times", o colunista conservador David Brooks escreveu o que parecia
uma ode ao "coletivismo" da China, expresso na cerimônia de abertura dos Jogos. Citou pesquisas científicas que
provam como são diferentes os chineses e os americanos
-cuja "mentalidade individualista" garantiu décadas de
domínio global. Arriscou que "a ascensão da China não é
só um acontecimento econômico: é cultural". E que o
ideal de "um coletivo harmonioso" pode agora se mostrar
tão atrativo quanto "o sonho americano".
Para encerrar, porém, "Com certeza, é uma ideologia
útil para aspirantes a autocratas".
AGORA, CLAQUE
Das pegadas falsas à dublagem por criança mais bonita,
a cerimônia de abertura dos
Jogos vai de mal a pior. E agora, diz a AP, autoridades chinesas e do Comitê Olímpico
Internacional "admitem que
algumas cadeiras vazias" nos
estádios vêm sendo preenchidas por "voluntários".
CHINA VS. BRASIL
O "Diário do Povo", do PC,
apresentou o jogo de hoje ressaltando que a "China vai
aprender com o Brasil". Admite que, para os chineses, interessa menos seu país do que
"ver o time cheio de estrelas".
E o treinador avisa que vai a
campo só para "desenvolver
nossos jogadores".
CLIENTELA
youtube.com/user/tpmtv
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Em comício via CNN, o presidente georgiano saudou John McCain.
E logo o site TPM ligou a menção ao assessor do republicano que -até meses antes- atuava como lobista do governo georgiano em Washington
ONIPRESENÇA
"NYT" e outros noticiaram, com ampla repercussão na
blogosfera de mídia, que a CNN mudou de "estratégia" e,
visando "dobrar sua presença nos EUA", passa a contratar
"jornalistas flexíveis" e desvinculados de sucursais. Por
flexíveis, entendam-se jornalistas com laptops, câmeras,
produzindo para internet, televisão. A CNN quer "estar
em toda parte e entrar ao vivo de toda parte".
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@ - Nelson de Sá
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