São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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INVESTIGAÇÃO

PF apura se corporação atuou para atingir presidente do STF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A PF instaurou inquérito para apurar representação do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes. Há um mês, o delegado Matheus Mela Rodrigues, da Superintendência da PF em Brasília, investiga se agentes e assessores da corporação inventaram ou adulteraram informações para atingir Mendes.
O presidente do STF encaminhou representação ao Ministério Público pedindo providências para identificar quem são as "fontes da PF" que revelaram haver o nome Gilmar Mendes na lista de "mimos e brindes" da construtora Gautama, alvo da Operação Navalha.
A Navalha tornou público, em 2007, esquema de fraude em licitações viabilizado pela Gautama, de Zuleido Veras.
Mendes, na representação, afirmou tratar-se de um homônimo e disse ainda que "as autoridades policiais conheciam perfeitamente a identidade do suposto envolvido com a empresa Gautama", que era Gilmar de Melo Mendes, ex-secretário do governo de Sergipe.
As suspeitas levantadas por Mendes recaem sobre a gestão de Paulo Lacerda na PF. Lacerda foi afastado do comando da Abin depois que veio à tona escuta clandestina com diálogo entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
O jornalista François René chefiava a Divisão de Comunicação Social da PF quando a lista de presentes da Gautama foi revelada. "Estão atirando para acertar o doutor Paulo [Lacerda]", disse René.


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