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Satiagraha tinha sala reservada na Abin, diz agente
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Asbin (Associação dos Servidores da Agência Brasileira de Inteligência),
Nery Kluwe, afirmou que havia
na sede da Abin, em Brasília,
uma sala reservada para agentes do órgão trabalharem com
documentos da Operação Satiagraha, investigação sob comando da Polícia Federal.
Sabia-se, até então, que agentes da Abin trabalharam, durante a investigação, em prédios da PF e não na sede da
Agência. Kluwe disse ainda que
a sala na Abin foi reservada ao
trabalho por ordem do diretor-geral da agência, Paulo Lacerda, afastado desde setembro.
À frente da entidade que representa os funcionários da
Abin, Kluwe defende que Paulo
Lacerda deixe definitivamente
o comando do órgão.
A assessoria do GSI (Gabinete de Segurança Institucional),
ao qual a Abin é vinculada, informou que a declaração de
Kluwe reflete apenas uma opinião do presidente da Asbin.
Desde a operação de busca e
apreensão na Abin, feita na semana passada pela PF, Kluwe
tem levantado informações sobre o caso porque, segundo ele,
houve constrangimento de
funcionários.
A ação de busca na Abin ocorreu no inquérito da PF que investiga vazamento de informações da Operação Satiagraha
para a imprensa.
Essa investigação também
apura se o delegado Protógenes
Queiroz, que comandava a
Operação Satiagraha, usou ilegalmente os serviços da Abin.
Conforme Kluwe, a busca e a
apreensão da PF ocorreram,
também em Brasília, justamente na sala onde os agentes da
Abin trabalhavam com dados
da Operação Satiagraha.
A reportagem telefonou oito
vezes, entre 18h30 e 19h40, para o celular do assessor da direção da Abin, mas o telefone estava fora de serviço.
(HUDSON CORRÊA)
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