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Tentativa de suborno pode ser julgada antes
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O caso da suposta tentativa de pagamento de suborno
ao jornalista Edson Sombra
pelo governador afastado do
DF, José Roberto Arruda
(sem partido), foi convertido
em um procedimento penal
autônomo em relação ao inquérito que investiga as acusações de compra de apoio
político e de recebimento de
propina contra Arruda.
A medida foi tomada pelo
STJ (Superior Tribunal de
Justiça) na sexta-feira. Na
prática, pode fazer com que o
caso sobre as supostas ações
para corromper Sombra seja
julgado antes do fim das apurações sobre o mensalão do
DEM, que ainda estão em fase inicial de inquérito.
O desmembramento ocorreu em atendimento a um
pedido feito pelo Ministério
Público Federal, em denúncia apresentada ao STJ na
quinta-feira, específica sobre
a tentativa de suborno. Para
a Procuradoria, já há elementos de prova suficientes
para a abertura de uma ação
penal relativa à suposta compra de testemunhas.
Segundo a acusação formal, Arruda e aliados tentaram corromper Sombra para
que ele fizesse "afirmação
falsa, negasse ou calasse a
verdade no depoimento que
iria prestar como testemunha à Polícia Federal".
A Procuradoria pediu que
os acusados sejam condenados por corrupção de testemunha e falsidade ideológica, cujas penas somadas chegam a sete anos de prisão.
O novo procedimento foi
autuado pelo STJ como ação
penal, mas esta qualificação
tem função apenas burocrática, uma vez que um processo criminal contra Arruda só
terá início após o tribunal
aceitar a denúncia do Ministério Público e determinar a
abertura da ação.
Para tanto, a Procuradoria
pediu que o STJ declare a inconstitucionalidade da regra
da Lei Orgânica do DF que só
permite o início de processo
contra o governador após autorização da Câmara.
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