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Obama telefona para Cristina antes da chegada do brasileiro
THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES
A poucas horas de receber o
presidente Lula na Casa Branca, Barack Obama ligou ontem
para a presidente da Argentina,
Cristina Kirchner. Eles falaram
por 30 minutos. Segundo Cristina, discutiram a crise e a necessidade de estimular o consumo e a reforma dos organismos multilaterais de crédito.
O governo argentino também informou que Obama
agradeceu pela "liderança regional" da Argentina no "combate ao terrorismo e pelo esforço no Haiti [o país participa da
missão da ONU naquele país]".
O gesto de Obama a Cristina
parece querer evitar a interpretação que a Folha ouviu de
analistas argentinos: a visita
marcaria o fim de uma época
em que Brasil e Argentina
eram vistos como as duas potências da América do Sul.
Para eles, o encontro consolida o Brasil como interlocutor
privilegiado. "Na crise argentina, de 2001 a 2003, o Brasil era
potência regional. Agora é ator
global, considerado estratégico
pela União Europeia e principal interlocutor da China na luta contra o protecionismo", diz
Jorge Castro, do Instituto de
Planejamento Estratégico.
A Folha tentou obter a versão do governo argentino sobre
a visita, mas não teve resposta.
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