São Paulo, sábado, 14 de março de 2009

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Obama telefona para Cristina antes da chegada do brasileiro

THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES

A poucas horas de receber o presidente Lula na Casa Branca, Barack Obama ligou ontem para a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Eles falaram por 30 minutos. Segundo Cristina, discutiram a crise e a necessidade de estimular o consumo e a reforma dos organismos multilaterais de crédito.
O governo argentino também informou que Obama agradeceu pela "liderança regional" da Argentina no "combate ao terrorismo e pelo esforço no Haiti [o país participa da missão da ONU naquele país]".
O gesto de Obama a Cristina parece querer evitar a interpretação que a Folha ouviu de analistas argentinos: a visita marcaria o fim de uma época em que Brasil e Argentina eram vistos como as duas potências da América do Sul.
Para eles, o encontro consolida o Brasil como interlocutor privilegiado. "Na crise argentina, de 2001 a 2003, o Brasil era potência regional. Agora é ator global, considerado estratégico pela União Europeia e principal interlocutor da China na luta contra o protecionismo", diz Jorge Castro, do Instituto de Planejamento Estratégico.
A Folha tentou obter a versão do governo argentino sobre a visita, mas não teve resposta.


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