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Novas regras são discutidas
da Sucursal de Brasília
O projeto que modifica as regras
para edição de medidas provisórias, aprovado pelo Senado, deverá ser votado na comissão especial
da Câmara na primeira semana de
abril. A previsão é do presidente
da comissão, deputado Djalma de
Almeida César (PMDB-PR).
O relator do projeto, deputado
Paes Landim (PFL-PI), pediu mais
12 dias de prazo para concluir o
parecer. Na próxima semana, a
comissão especial vai encerrar a
fase de audiências públicas, com o
depoimento do presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal), ministro Celso de Mello.
Na semana seguinte, o relator
deverá apresentar o parecer. Os líderes governistas vão tentar evitar
alterações no texto aprovado pelo
Senado.
O governo conseguiu incluir na
proposta dois dispositivos que dão
poderes ao presidente para legislar
por decreto em matérias referentes à organização administrativa
do Poder Executivo, incluindo a
definição da estrutura dos ministérios e dos cargos públicos. Hoje,
mudanças dessa natureza são submetidas ao Congresso.
Esses dois dispositivos são combatidos na Câmara. Na votação do
projeto na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça), em agosto
do ano passado, os artigos foram
retirados por sugestão do relator
na comissão, Djalma César -que
agora preside a comissão especial.
O líder do governo, deputado
Luís Eduardo Magalhães
(PFL-BA), recorreu ao plenário da
Câmara e conseguiu mantê-los.
"Aqui a proposta do Senado será
derrotada", disse a deputada Sandra Starling (PT-MG), membro da
comissão especial.
Para a oposição, em vez de restringir a edição de medidas provisórias, o projeto do Senado aumenta os poderes do presidente,
que poderá legislar por decreto.
Além disso, as MPs passarão a
valer por 90 dias, prorrogáveis por
mais 90. Enquanto o Congresso
estiver em recesso, a contagem do
prazo será suspensa.
A oposição quer aprovar outra
proposta que trata da edição de
medidas provisórias. O projeto do
ex-deputado Roberto Magalhães
(PFL-PE), com substitutivo do deputado Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP), está pronto para ser
votado pelo plenário há um ano.
Na última quarta-feira, o deputado José Genoino (PT-SP) cobrou
do presidente da Câmara, Michel
Temer (PMDB-SP), a inclusão da
proposta na ordem do dia.
A Folha tentou falar com Temer
às 16h50, deixou recado na secretária eletrônica do seu celular, mas
ele não respondeu.
(LUIZA DAMÉ)
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