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outro lado
Para entidades, ação conjunta do setor é legal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os presidentes da AIB
(Associação Imobiliária
Brasileira), Sergio Ferrador, e do Secovi, João Batista Crestana, defenderam a atuação conjunta do
setor como forma de fortalecer o lobby da categoria,
mas negam que a associação seja de fachada e afirmaram que tudo é legal.
Segundo eles, a AIB foi
criada pelas empresas,
embora digam que seus integrantes naturalmente
são também do Secovi.
Crestana afirma que o
objetivo das empresas ao
criar a AIB não foi driblar a
lei, mas fortalecer o setor.
"Empresas têm pleito semelhante. Chegaram à
conclusão que poderiam
se associar, juntar os seus
tamanhos e faturamentos
e pleitear junto à representatividade executiva,
legislativa, judiciária, de
uma maneira mais estruturada, mais profissional".
Crestana e Ferrador não
revelam, entretanto, quais
empresas doaram, assumindo que um de seus objetivos é realmente preservar os doadores.
"Manda auditar a conta
da AIB. Quem sou eu [para
dizer quem são as empresas]? Sou uma pessoa que
foi colocada lá, chamada
presidente, que daqui a
pouco não vai ser mais eu,
vai ser outro", diz Ferrador. Ele, que é membro do
Conselho Nato do Secovi,
diz que a associação não
tem associados. "Tenho
colaboradores. Se me perguntar quantos associados
tenho, é zero."
Ferrador deu como
exemplos de atuação da
associação a discussão do
Plano Diretor das cidades
e as decisões sobre tombamentos. "É uma entidade
privada, que cuida dos interesses do setor, o que é
legítimo", afirmou, acrescentando que a AIB, embora não tenha receita,
funciona desde a década
de 80. "É um consenso:
reúne 20, 30, 40 empresas
e diz: "Olha, se a gente pudesse apoiar, a gente precisaria apoiar o partido
que está governando: Vamos apoiar? Vamos."
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