São Paulo, terça-feira, 14 de abril de 2009

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outro lado

Para entidades, ação conjunta do setor é legal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os presidentes da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), Sergio Ferrador, e do Secovi, João Batista Crestana, defenderam a atuação conjunta do setor como forma de fortalecer o lobby da categoria, mas negam que a associação seja de fachada e afirmaram que tudo é legal.
Segundo eles, a AIB foi criada pelas empresas, embora digam que seus integrantes naturalmente são também do Secovi.
Crestana afirma que o objetivo das empresas ao criar a AIB não foi driblar a lei, mas fortalecer o setor. "Empresas têm pleito semelhante. Chegaram à conclusão que poderiam se associar, juntar os seus tamanhos e faturamentos e pleitear junto à representatividade executiva, legislativa, judiciária, de uma maneira mais estruturada, mais profissional".
Crestana e Ferrador não revelam, entretanto, quais empresas doaram, assumindo que um de seus objetivos é realmente preservar os doadores.
"Manda auditar a conta da AIB. Quem sou eu [para dizer quem são as empresas]? Sou uma pessoa que foi colocada lá, chamada presidente, que daqui a pouco não vai ser mais eu, vai ser outro", diz Ferrador. Ele, que é membro do Conselho Nato do Secovi, diz que a associação não tem associados. "Tenho colaboradores. Se me perguntar quantos associados tenho, é zero."
Ferrador deu como exemplos de atuação da associação a discussão do Plano Diretor das cidades e as decisões sobre tombamentos. "É uma entidade privada, que cuida dos interesses do setor, o que é legítimo", afirmou, acrescentando que a AIB, embora não tenha receita, funciona desde a década de 80. "É um consenso: reúne 20, 30, 40 empresas e diz: "Olha, se a gente pudesse apoiar, a gente precisaria apoiar o partido que está governando: Vamos apoiar? Vamos."


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