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Chefe da Casa Civil do RS diz que "não há fato novo" para abrir CPI
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O chefe da Casa Civil do governo do Rio Grande do Sul, José Alberto Wenzel, disse que a
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) para investigar supostos atos de corrupção envolvendo a governadora Yeda Crusius (PSDB) não deve ser criada
porque "não há fato novo" e negou que a governadora esteja
sendo rifada pela cúpula nacional de seu partido.
"A CPI não vai sair porque
não há fato novo e tudo está
sendo esclarecido nos seus devidos espaços, que são Ministério Público, Polícia Federal, em
todos os segmentos", disse
Wenzel, na Assembleia.
No final de semana, a revista
"Veja" divulgou que R$ 400 mil
teriam sido entregues por empresas de fumo para Carlos
Crusius, marido da governadora, para a compra da casa em
que ela vive. O governo, as empresas citadas e o marido negaram a existência do caixa dois e
do suposto desvio.
A oposição começou a colher
assinaturas para instalar CPI
que investigue supostas irregularidades em obras públicas e o
envolvimento da governadora
com caixa dois de campanha. O
PT patina na coleta de adesões
para instalar a CPI. São necessárias 19 assinaturas, mas só
dez deputados do PT e do PC do
B aderiram ao requerimento.
Anteontem, a bancada do
PMDB decidiu que não assinará ao documento. Embora as legendas oposicionistas somem
22 das 55 cadeiras na Casa, o
restante da oposição teme que
a CPI seja usada politicamente
para fortalecer uma possível
candidatura do ministro Tarso
Genro (Justiça), pelo PT, ao governo do Estado.
O líder do governo na Assembleia, Pedro Westphalen (PP),
justificou a falta de assinaturas.
"Quem não assina não quer
uma CPI como palanque eleitoral para o PT", disse.
Apoio do PSDB
O chefe da Casa Civil também nega que a governadora
tenha sido abandonada pelo
PSDB nacional. "A cúpula do
PSDB manifestou hoje [ontem]
com muita força a solidariedade à governadora e a crença
muito firme de que isso vai fazer com que a governadora e o
Estado saiam engrandecidos
deste processo", disse Wenzel.
O temor de um naufrágio político da governadora fez a cúpula tucana estudar um "plano
B", a favor de aliança com o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), para o governo
do Rio Grande do Sul.
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