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CONEXÃO RIO
Licença médica livra auditora de depoimento
DA SUCURSAL DO RIO
A auditora Maria Auxiliadora
de Vasconcellos, presa em maio
passado sob acusação de fraude
contra o INSS, recebeu de uma
junta de peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
uma licença médica válida até 1º
de setembro. Na última sexta-feira, ela deveria ter prestado esclarecimentos ao Ministério Público
Federal, mas apresentou um atestado médico e não compareceu.
Nesta semana, Vasconcellos foi
novamente intimada a depor.
Segundo seu advogado, Gentil
Silva Júnior, a auditora está com
um "forte estresse", sem condições emocionais de falar sobre o
assunto. Em conversa telefônica
gravada pela Polícia Federal em
agosto de 2004, Vasconcellos
mencionou um suposto esquema
em que a Firjan (Federação das
Indústrias do Rio de Janeiro) pagaria propina a autoridades federais para evitar a fiscalização de
determinadas empresas do Rio.
O advogado teme que Vasconcellos passe mal durante o depoimento: "Se ela tiver um troço enquanto estiver depondo, quem
vai se responsabilizar?". Segundo
ele, a auditora está afônica por
causa do estresse. Vasconcellos
obteve um habeas corpus e responde ao processo em liberdade.
Silva Júnior esteve ontem na
Justiça Federal, no Rio, e questionou a divulgação de trechos da
ação penal movida contra sua
cliente, já que determinadas peças
do processo estariam sob sigilo de
Justiça, como a transcrição da
conversa telefônica gravada pela
PF e divulgada pela TV Globo.
Quanto à citação sobre o esquema de corrupção que envolveria a
Firjan, que consta na gravação feita pela PF, o advogado disse que
Vasconcellos apenas teria reproduzido conversas ouvidas entre
os fiscais, mas ela não tem provas.
O deputado Roberto Jefferson
(PTB-RJ) não prestará depoimento ao Ministério Público sobre o
caso da suposta caixinha da Firjan. Por meio de sua assessoria,
Jefferson disse que não tem nada
a acrescentar.
(LUCIANA BRAFMAN)
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