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PT SOB SUSPEITA
Conta seria do governo
Ex-secretária diz que PT sacou R$ 230 mil
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais uma pessoa de confiança
do ex-prefeito petista de Mauá
(Grande SP) Oswaldo Dias acusou o PT da cidade de desvio de
dinheiro público.
Desta vez foi a ex-secretária de
Finanças Valdirene Dardin, que
trabalhou na segunda gestão de
Dias (2001-2004).
Ela acusa o partido de ter sacado
irregularmente R$ 230 mil de
uma conta bancária do governo.
Em nota enviada à Redação,
Valdirene desafia os petistas da cidade a abrirem suas contas bancárias à investigação.
"O escândalo do mensalão e o
da cueca milionária parecerão
mero conto de fadas aos olhos da
opinião pública", diz ela.
Para a liberação de dinheiro de
contas públicas, os bancos exigem
normalmente duas assinaturas.
No caso de Mauá, os saques efetuados entre abril de 2003 e março
de 2004 dependeram apenas da
assinatura de Valdirene. A ex-secretária alega desconhecer o destino dado ao dinheiro supostamente sacado pelo partido.
Em nota assinada por Valdirene
e por seu advogado, Laércio José
Loureiro dos Santos, a ex-secretária acusou o partido de "práticas
abomináveis" e "enojantes" e,
diante da suposta tentativa de incriminá-la pelo desaparecimento
dos R$ 230 mil.
Valdirene prometeu levar as
acusações que foram feitas contra
ela ao Ministério Público.
A atual prefeitura da cidade,
que, desde 1º de janeiro deste ano,
vem sendo administrada pelo
presidente da Câmara, Diniz Lopes (PL), abriu uma sindicância
para apurar o uso do dinheiro.
Lopes é adversário petista.
O ex-prefeito disse que não autorizou saques da conta do governo e afirmou que, se algo irregular
for constatado, irá se defender judicialmente.
Propina
O primeiro secretário a denunciar a gestão petista da Mauá foi
Altivo Ovando Júnior, que comandava a pasta da Habitação.
Em fevereiro deste ano, Ovando
Jr. narrou ao Ministério Público
ter presenciado e participado da
cobrança ilegal de propina de
uma empresa da cidade.
O dinheiro, disse ele à Promotoria, seria destinado a campanhas
políticas do PT.
O partido nega as acusações de
cobrança de propina e ressalta
que Ovando Jr. é inimigo do partido na cidade. O caso está sob investigação.
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