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Entenda o caso da compra dos equipamentos
da Sucursal de Brasília
Os projetos Pró-Amazônia e
Promotec da Polícia Federal estão
sendo feitos com equipamentos
comprados da França sem licitação internacional com base em
dois argumentos:
1) os projetos envolvem a segurança nacional;
2) a Sofremi, estatal francesa, seria a única empresa no planeta capaz de fornecer todo o equipamento e financiar a operação.
No Senado, que tem de aprovar
esse tipo de operação, o entendimento é diferente do apresentado
pela PF.
A primeira coisa que chamou a
atenção dos senadores foi a natureza dos equipamentos incluídos
nas compras do Pró-Amazônia e
do Promotec.
Entre outros itens, o governo
comprará da França os seguintes
itens: 80 impressoras do tipo jato
de tinta, 1 freezer, 80 máquinas de
calcular "eletrônicas de mesa", 8
óculos "para pára-quedismo, cor
preta" e 4 trenas de 30 metros.
Em abril, quando a Folha revelou esses contratos, o senador José
Eduardo Dutra (PT-SE) disse que
"esse contrato da PF, no mínimo,
subestima a inteligência da população".
Dutra foi o autor do requerimento de auditoria dos contratos
pelo TCU (Tribunal de Contas da
União). A auditoria ainda está em
andamento.
Segundo o ministro da Justiça,
Renan Calheiros, qualquer cometário só pode ser feito após o fim
do trabalho dos auditores do TCU.
O caso da compra de equipamentos para a Polícia Federal irritou o governo dos EUA devido ao
tratamento dado à França pelo governo brasileiro.
(FR)
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