São Paulo, sexta, 14 de agosto de 1998

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Entenda o caso da compra dos equipamentos

da Sucursal de Brasília

Os projetos Pró-Amazônia e Promotec da Polícia Federal estão sendo feitos com equipamentos comprados da França sem licitação internacional com base em dois argumentos:
1) os projetos envolvem a segurança nacional;
2) a Sofremi, estatal francesa, seria a única empresa no planeta capaz de fornecer todo o equipamento e financiar a operação.
No Senado, que tem de aprovar esse tipo de operação, o entendimento é diferente do apresentado pela PF.
A primeira coisa que chamou a atenção dos senadores foi a natureza dos equipamentos incluídos nas compras do Pró-Amazônia e do Promotec.
Entre outros itens, o governo comprará da França os seguintes itens: 80 impressoras do tipo jato de tinta, 1 freezer, 80 máquinas de calcular "eletrônicas de mesa", 8 óculos "para pára-quedismo, cor preta" e 4 trenas de 30 metros.
Em abril, quando a Folha revelou esses contratos, o senador José Eduardo Dutra (PT-SE) disse que "esse contrato da PF, no mínimo, subestima a inteligência da população".
Dutra foi o autor do requerimento de auditoria dos contratos pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A auditoria ainda está em andamento.
Segundo o ministro da Justiça, Renan Calheiros, qualquer cometário só pode ser feito após o fim do trabalho dos auditores do TCU.
O caso da compra de equipamentos para a Polícia Federal irritou o governo dos EUA devido ao tratamento dado à França pelo governo brasileiro.
(FR)



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