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CONTAS PÚBLICAS
Crise asiática reduziu prazos
Governo quer emitir
R$ 68 bi em títulos
da Sucursal de Brasília
O governo pediu ao Congresso
autorização para emitir mais R$
68,383 bilhões em títulos públicos
no segundo semestre para refinanciar a dívida pública. A emissão será adicional aos R$ 159,883 bilhões
já previstos no Orçamento Geral
da União deste ano.
A emissão adicional será necessária porque a crise asiática forçou
o governo a reduzir o prazo de resgate dos seus títulos. Com isso, o
Tesouro Nacional emitiu mais títulos num prazo menor e agora
não há disponibilidade no Orçamento para emitir os títulos necessários para rolar sua dívida.
De acordo com dados enviados
pelo Tesouro à consultoria da Comissão Mista de Orçamento do
Congresso, o governo teria emitido R$ 158,638 bilhões em títulos
até o último dia 8. Ou seja, foram
emitidos em oito meses títulos
equivalentes a 99,22% do que foi
autorizado para todo o ano.
"Já sabíamos desde o início do
ano que seria necessária uma suplementação para emitir mais títulos", disse o secretário do Tesouro, Eduardo Guimarães. Ele
afirmou que não haverá custo adicional porque os títulos serão emitidos para a rolagem da dívida que
estará vencendo a partir de agosto.
De qualquer forma, a elevação
dos juros básicos da economia no
final de 1997 terá um custo adicional para o governo. Afinal, ao elevar os juros, o Tesouro passou a
pagar uma remuneração maior
para quem compra seus títulos.
Segundo ele, não há uma estimativa desse custo adicional.
Na mensagem enviada ao Congresso, o ministro Paulo Paiva
(Planejamento) explica que o prazo médio de emissão dos títulos federais caiu de 10,65 meses para
7,55 meses após o início da crise
asiática. Com isso, o governo teve
de emitir mais títulos do que o
previsto no Orçamento.
Ele disse que o governo poderá
emitir títulos pré-fixados com
prazo de resgate de 90 dias em 98.
Tudo dependerá do do mercado,
disse. No começo de 98, o mercado passou a exigir prazos de resgate menores e títulos pós-fixados.
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