DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Emerson Kapaz, candidato a vice na chapa de Luiza Erundina e coordenador da campanha da deputada, disse que a mobilização da coligação "São Paulo Somos Nós" poderá ser cancelada se todos os concorrentes à Prefeitura de São Paulo se comprometerem a não fazer boca-de-urna.
"Se não trabalharmos nisso, vamos ser prejudicados na reta final. Se nenhum adversário fizer, desistimos. Mas precisaria haver um acordo público. Porque eu acho que todos vão fazer. Tenha certeza", disse ele.

Vazamento
O vice de Erundina mostrou-se irritado com o vazamento das articulações da mobilização, afirmando que a divulgação dos detalhes seria "péssimo para campanha, pois prejudicar a estratégia da coligação".
"É um trabalho de guerrilha na reta final. Temos que fazer o número conhecido. Estamos nos preparando", disse ele.
O empresário disse ainda que os R$ 20 que seriam pagos por "boqueiro" ainda não estão fixados de forma definitiva -embora a cifra tenha sido tratada como certa na reunião- e informou não ter feito cálculos de quanto a coligação gastaria com a estratégia.

Voluntariado
"Não tem nada certo. Vamos tentar fazer tudo com voluntariado. Se não der, vamos estudar outra forma", disse Kapaz.
Na reunião, Sérgio Maranhão afirmou que a coligação teria 22,5 mil "boqueiros", "sem contar os voluntários".
"Decidimos nos preparar porque temos informações de que o PT terá 25 mil, o PFL, 30 mil, o PSDB, mais gente do que na eleição do Mário Covas" disse Kapaz, sugerindo que a reportagem procurasse seus adversários. A Folha o fez. Eles negaram estar organizando a conhecida boca-de-urna. (SC)

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