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AM
Assembléia tem sessão tumultuada
ICMS causa crise entre Amazonino e prefeito
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O governador Amazonino
Mendes (PFL-AM), em nota oficial veiculada ontem na televisão
e nos jornais, acusou o prefeito de
Manaus, Alfredo de Nascimento
(PL-AM), de ser "mentiroso".
O motivo da acusação foi o projeto de lei que reduziu de 40% para 20% a alíquota do ICMS distribuído pelo Estado para Manaus.
O projeto foi aprovado anteontem em sessão tumultuada na Assembléia Legislativa, quando deputados governistas destituíram
o presidente da mesa diretora, deputado Lupércio Ramos (PL), e
pediram intervenção da Polícia
Militar.
Conta
Nascimento afirma que a prefeitura perderá R$ 30 milhões por
ano com o novo critério de distribuição do imposto. "O prefeito
Alfredo Nascimento não sabe fazer conta ou é, simplesmente -o
que lamento- um mentiroso",
disse Amazonino.
Na nota, o governador nega que
a capital vá a falência, como diz
Nascimento, e afirmou que para o
exercício de 2002 a cota de ICMS
para prefeitura é da ordem de R$
278 milhões.
"Aprovado o projeto que se encontra na Assembléia, a prefeitura receberá, até o fim do ano, R$
293 milhões, ou seja, R$ 15 milhões a mais", disse.
O novo critério de distribuição
do ICMS diminuiu o repasse para
Manaus, mas aumentou a alíquota para os 61 municípios do Amazonas de 60% para 80%.
Correção
Amazonino justifica o projeto,
enviado ao Legislativo em 30 de
agosto, como uma correção a favor dos municípios. E chamou
Nascimento de egoísta.
"A atitude do prefeito é, portanto, irresponsável, egoísta, insensível e provavelmente politiqueira",
afirmou o governador.
"Foi um ato [a aprovação do
projeto] desequilibrado, promovido por um governador em final
de mandato", disse o prefeito,
afirmando que seu partido, o PL,
ingressará com uma ação de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal) para
derrubar o projeto de lei.
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