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Vitória de Renan deixa "seqüelas" nos senadores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A vitória de Renan Calheiros
no plenário deixou seqüelas na
Casa. Senadores que optaram
por declarar abertamente seu
voto pela cassação do mandato
do senador saíram desgastados
e, desde ontem, já conviviam
com isolamento e pressão.
Os principais atingidos foram os senadores que integram
a base do governo, mas abriram
seu voto contra Renan. São
exemplos: Garibaldi Alves
(PMDB-RN), Gerson Camata
(PMDB-ES) e o relator Renato
Casagrande (PSB-ES).
Considerado "independente" na Casa, Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu a cassação
de Renan. Ontem, se lamentava: "Ninguém continua amigo
de alguém de que duvida se é ou
não fiel, leal, decente".
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) saiu alvejado. Na última hora, já dentro da sessão
secreta, ele fez campanha pró-Renan na bancada petista.
Na oposição, lideranças como Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Sérgio Guerra (PSDB-PE),
José Agripino (DEM-RN) saem
enfraquecidas. Eles capitanearam a ofensiva contra Renan.
Ficaram na mesma os deputados do chamado "Grupo dos
30", como Fernando Gabeira
(PV-RJ) e Raul Jungmann
(PPS-PE), que conseguiram
uma liminar para acompanhar
a sessão secreta, levaram bandeiras pela ética, mas viram Renan sair vitorioso.
Na contramão, o rol de
"quem ganhou" inclui o Palácio
do Planalto. O ministro Walfrido dos Mares Guia trabalhou
pela absolvição de Renan.
Aliados do senador, como José Sarney (PMDB-AP), Almeida Lima (PMDB-SE) e Wellington Salgado (PMDB-MG), se
fortaleceram.
(SILVIO NAVARRO E FERNANDA KRAKOVICS)
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