São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Vitória de Renan deixa "seqüelas" nos senadores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A vitória de Renan Calheiros no plenário deixou seqüelas na Casa. Senadores que optaram por declarar abertamente seu voto pela cassação do mandato do senador saíram desgastados e, desde ontem, já conviviam com isolamento e pressão.
Os principais atingidos foram os senadores que integram a base do governo, mas abriram seu voto contra Renan. São exemplos: Garibaldi Alves (PMDB-RN), Gerson Camata (PMDB-ES) e o relator Renato Casagrande (PSB-ES).
Considerado "independente" na Casa, Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu a cassação de Renan. Ontem, se lamentava: "Ninguém continua amigo de alguém de que duvida se é ou não fiel, leal, decente".
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) saiu alvejado. Na última hora, já dentro da sessão secreta, ele fez campanha pró-Renan na bancada petista.
Na oposição, lideranças como Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Sérgio Guerra (PSDB-PE), José Agripino (DEM-RN) saem enfraquecidas. Eles capitanearam a ofensiva contra Renan.
Ficaram na mesma os deputados do chamado "Grupo dos 30", como Fernando Gabeira (PV-RJ) e Raul Jungmann (PPS-PE), que conseguiram uma liminar para acompanhar a sessão secreta, levaram bandeiras pela ética, mas viram Renan sair vitorioso.
Na contramão, o rol de "quem ganhou" inclui o Palácio do Planalto. O ministro Walfrido dos Mares Guia trabalhou pela absolvição de Renan.
Aliados do senador, como José Sarney (PMDB-AP), Almeida Lima (PMDB-SE) e Wellington Salgado (PMDB-MG), se fortaleceram. (SILVIO NAVARRO E FERNANDA KRAKOVICS)

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