São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2008

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Espiões privados violam qualquer tipo de sigilo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No universo da arapongagem privada, é oferecida toda a sorte de invasão de privacidade, como escutas ambientais em carros e casas, filmagens, câmeras escondidas, softwares que copiam remotamente documentos em computadores de terceiros e interceptação telefônica.
A área de atuação dos investigadores particulares é ampla: vai desde simples casos conjugais e monitoramento (filmagens e fotografias) de pessoas até espionagem empresarial.
São serviços que podem ser prestados de forma legal, como flagrar empregados domésticos agredindo crianças e idosos, ou detectar tentativas de roubo de segredos industriais e grampos ilegais. Algumas das atividades exercidas por esses detetives são, porém, uma afronta às leis que protegem as informações sigilosas dos cidadãos.
Sem aparentar qualquer tipo de constrangimento, algumas agências de investigação exibem em suas páginas na internet serviços como "gravações telefônicas e ambientais de modo imperceptível", "kit de escuta telefônica de alta precisão para até 3 km", "equipamentos [...] que permitem ao usuário controlar e registrar todas as conversas até a uma distância de 3 km" e "vasta gama de produtos [...] para monitorar atividades de teclado, sites visitados, contas de e-mails, páginas-títulos e muito mais".
Uma das agências oferece levantar o histórico de ligações para ser usado como prova de crimes. Outra, como um de seus préstimos ao clientes, afirma obter documentos sigilosos. Os preços cobrados dependem do tipo de serviço, da duração, da dificuldade para levantar documentos e do número de agentes empregados.
Em média, as agências cobram R$ 1.500 para monitorar uma pessoa por um dia, o que costuma incluir filmagem e fotografia. (LS)



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