São Paulo, quarta-feira, 14 de outubro de 2009

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Governo teve obstáculos para tocar projeto

DA REDAÇÃO

Iniciada em meados de 2007, a transposição do rio São Francisco demorou a tomar vulto. Em janeiro deste ano, a obra se resumia a estacas fincadas no caminho dos canais de distribuição.
Pelo menos quatro meses de atrasos foram previstos pela desistência, em novembro de 2008, da Camargo Corrêa em tocar um trecho de 54 quilômetros da obra.
A empreiteira pediu uma revisão do preço, de R$ 219 milhões, o que foi negado pelo governo federal. Pelo mesmo motivo, a LJA e a Ebisa também abandonaram outro trecho no final de janeiro.
Em novembro do ano passado, o TCU constatou "deficiência de licitação das obras". Por conta disso, o tribunal avaliou que haveria atraso na conclusão de 2 dos 14 lotes -elas não ficariam prontas nem com ampliação de 30% do prazo.
Ao todo, 1.998 áreas teriam que ser desapropriadas para as obras. Até janeiro, 1.509 indenizações ainda não haviam sido pagas e 628 proprietários nem sequer tinham título das terras.
Dezenas de liminares motivadas por críticas ambientais e sociais também impediram o andamento das obras. Movimentos sociais, ONGs e comunidades viam riscos de desmatamento da vegetação próxima aos rios, evaporação da água canalizada, falta de sistemas de abastecimento nos municípios para fornecimento à população e domínio de latifundiários sobre a água distribuída.


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