São Paulo, quarta-feira, 14 de outubro de 2009

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Lula leva Dilma e Ciro para vistoriar obras

Em Minas, o governador Aécio Neves também participará da visita aos trabalhos de transposição do rio São Francisco

Viagem começa hoje e deve durar três dias; Lula, que vai dormir em acampamentos do Exército, tenta mostrar que projeto não está parado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Acompanhado por três pré-candidatos ao Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá hoje início a três dias de visita às obras de transposição do rio São Francisco. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) participarão de todo o roteiro, que inclui Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.
Já o governador Aécio Neves (PSDB) receberá a comitiva hoje em Minas: "Sempre terei com o presidente conversas extremamente republicanas, até porque mantenho com ele relações pessoais que estarão preservadas, independente dos campos políticos", disse Aécio, acrescentando que a situação política "não tira a fidalguia e a capacidade de conversar".
Convidado por Lula, Ciro viajou ontem para Brasília para integrar a comitiva. A participação do deputado foi confirmada por sua assessoria. A comitiva visitará seis trechos das obras e dormirá duas noites em acampamentos do Exército, no sertão de Pernambuco.

Obra em andamento
Além de apresentar a região a Dilma, Lula quer mostrar que as obras estão andando após paralisações decorrentes de fiscalização do Tribunal de Contas da União, exigências ambientais, disputa judicial de empresas envolvidas na licitação e regularização fundiária para indenizar desapropriados.
Estimada em R$ 5 bilhões, a obra foi dividida em 14 lotes. A comitiva dormirá no lote 11 do eixo leste, o trecho mais avançado, com 38,3 % da obra executada. Hoje, após passagem por Pirapora e Buritizeiro, em Minas, ela visita pontos de dragagem em Barra (BA). Não está previsto encontro de Lula com o bispo dom Luiz Flávio Cappio, que fez duas greves de fome contra a transposição.
Das cerca de 8.000 pessoas que trabalham nas obras, o presidente quer encontrar, entre cerimônias e visitas, 5.000. "Essa obra sempre teve um impedimento por discussões políticas, divergências entre os Estados doadores e os receptores, e nós tomamos uma decisão de construir um projeto", disse Lula no programa semanal de rádio "Café com o Presidente".
Além de Dilma, estão na comitiva os ministros Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Carlos Minc (Meio Ambiente) e Franklin Martins (Comunicação Social) e cinco governadores. (SIMONE IGLESIAS E CATIA SEABRA)


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