São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 2005

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ESCÂNDALO DO "MENSALÃO"/BATALHA DAS ASSINATURAS

Carlos Willian, do PMDB, exige que sua assinatura seja retirada do requerimento

Deputado vai recorrer para impedir prorrogação de CPI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A operação do governo para impedir a prorrogação da CPI dos Correios pode chegar ao Supremo Tribunal Federal. O deputado federal Carlos Willian (PMDB-MG) ameaça entrar com uma ação judicial para retirar sua assinatura do requerimento para estender a comissão por 120 dias. Willian apoiou o requerimento na terça, mas depois voltou atrás.
Por um cochilo dos governistas, o requerimento de retirada de Willian foi apresentado à Mesa Diretora do Congresso antes de a oposição protocolar o documento que registrava seu apoio à prorrogação: as assinaturas de Willian e de Wladimir Costa (PMDB-PA) foram incluídas numa "reserva estratégica" exibida no último momento para derrotar a operação governista para tirar nomes.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acabou aceitando a inclusão das duas assinaturas por terem sido apresentados por último um minuto antes do prazo final, na quinta-feira.
Em tese, se uma das duas assinaturas for desconsiderada, a CPI não será prorrogada. O número para estender a comissão foi de exatamente 171, o mínimo. Caso isso ocorra, a oposição vai reagir e pedir que sejam incluídas quatro assinaturas de deputados que não conferiam com os registros.
Willian disse ontem que vai apresentar um recurso a Renan na quarta-feira: "O que deve prevalecer é a vontade do parlamentar". O governo também deve apresentar recurso, dizendo que o mínimo de assinaturas não foi atingido. (FÁBIO ZANINI)


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