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CASO TRT
Advogados de Nicolau, Estevão e empresários minimizam depoimento
Sessão não traz fato novo, diz defesa
DA REPORTAGEM LOCAL
Para os advogados de defesa
dos réus no processo que apura o
desvio de verba da construção do
Fórum Trabalhista de São Paulo,
o depoimento do ex-juiz Nicolau
não trouxe elementos novos.
Além de Nicolau, são réus no
processo o ex-senador Luiz Estevão, o dono da construtora Incal,
Fábio Monteiro de Barros Filho, e
o diretor da empresa, José Eduardo Correia Teixeira Ferraz.
Alberto Zacharias Toron, advogado do ex-juiz, afirmou que as
perguntas feitas a seu cliente já
haviam sido respondidas durante
o interrogatório do outro processo criminal -por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Toron disse que o papel de Nicolau foi confirmar o que já havia
sido dito anteriormente, negando
todas as acusações.
Nicolau teria também tentado
desmoralizar o ex-genro, Marco
Aurélio Gil de Oliveira, afirmando
que este teria tentado extorquir
R$ 150 mil dele, quando se separou de Maria Cristina, filha do
meio de Nicolau.
O advogado do ex-senador Luiz
Estevão, Roberto Podval, afirmou
que o depoimento de Nicolau
mostrou que não há nenhuma ligação entre os dois réus.
Nicolau negou durante o depoimento ter recebido recursos de
transferências bancárias provenientes de contas do ex-senador
no exterior.
Podval afirmou que há uma diferença entre o seu cliente e Nicolau: quando foi decretada a prisão
preventiva de Nicolau, este se tornou foragido, enquanto seu cliente compareceu à Justiça no dia em
que foi decretada sua prisão,
apresentando seu passaporte.
Estevão chegou a ser preso em
30 de junho deste ano, após ser
cassado por quebra de decoro
parlamentar, mas foi libertado
um dia depois.
Podval afirmou também que
pedirá para que o processo por
sonegação fiscal contra Estevão,
que está em Brasília, venha para a
Justiça Federal em São Paulo. Segundo ele, o processo tem ligação
com o que corre na 1ª Vara Criminal Federal, que apura o desvio de
verba do fórum.
Para o advogado de Fábio Monteiro de Barros Filho e de José
Eduardo Correia Teixeira Ferraz,
Marcelo Martins de Oliveira, o interrogatório do ex-juiz faz com
que o processo volte ao "ritmo
normal".
"Não tínhamos nenhuma expectativa quanto ao depoimento.
Para o processo, não há nada de
novo. O que consta no interrogatório de hoje (ontem) foram ratificações do que ele já havia afirmado, não há nada de novo", disse Oliveira.
Segundo ele, seus clientes, que
também chegaram a ser presos no
mesmo prédio em que está detido
Nicolau, passaram o dia trabalhando "tranquilamente". "
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