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PT não vai interferir em decisão de outros partidos, diz Genoino
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente nacional do PT, José Genoino, disse ontem que o
partido "não vai se intrometer em
assuntos internos" do PMDB e do
PPS, que, no fim de semana, decidiram deixar o governo e entregar
os cargos de ministros.
Numa crítica velada aos dois
partidos, Genoino observou que
"até o momento, não foram apresentadas divergências de conteúdo ou divergências fundamentais
em relação aos rumos do governo". Apesar da declaração de independência do PMDB, Genoino
afirmou que "o importante é
manter a política de aliança com
os parlamentares que apóiam o
governo do presidente Lula no
Congresso Nacional", sinalizando
que o PT pretende continuar contando com o apoio dos peemedebistas que discordaram da decisão de sair do governo.
Para o presidente nacional do
PT, "o fato de ter candidato próprio em 2006 não é motivo para
sair do governo, até porque o presidente Lula deixou claro que
qualquer partido que apóia o governo e quiser ter candidato em
2006 tem plena liberdade". Um
dos motivos para o PMDB deixar
o governo é a alegação de que pretende lançar candidato próprio à
sucessão de Lula.
Genoino minimizou as supostas dificuldades que o governo enfrentará no Congresso para aprovar projetos de seu interesse.
O PMDB tem a segunda maior
bancada da Câmara e a maior do
Senado. Dos 22 senadores, 20 são
pela permanência da sigla no governo. Entre os 76 deputados federais, 46 disseram que ficarão.
Genoino evitou avaliar se a independência do PMDB é um sinal
de que o partido pretende se unir
ao PSDB nas eleições de 2006. Ele
disse que hoje tem se dedicado a
discutir a sucessão da mesa na Câmara e no Senado e a escolha da
nova liderança do partido.
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