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Sistema "admite" queima, diz historiador
DA SUCURSAL DO RIO
Autor de vários livros sobre o
regime militar, como "Além do
Golpe: Versões e Controvérsias
sobre 1964 e a Ditadura Militar", o
historiador Carlos Fico, da UFRJ
(Universidade Federal do Rio de
Janeiro), admite ser possível que
outras queimas de documentos
estejam acontecendo no país.
"Não há no Brasil uma política
sistematizada de transferência de
acervos para o Arquivo Nacional
e arquivos estaduais. No caso dos
documentos militares, quem decide dar ou não informações são
os comandantes. Isto é um absurdo, porque não são decisões administrativas, de governo. São decisões de Estado", afirmou Fico.
"Ainda há um medo muito
grande de revanchismo e revelações picantes. Mas é um medo indevido ", disse Fico, que defende
punição para os responsáveis pela
queima dos arquivos de Salvador.
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