São Paulo, terça-feira, 14 de dezembro de 2004

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Sistema "admite" queima, diz historiador

DA SUCURSAL DO RIO

Autor de vários livros sobre o regime militar, como "Além do Golpe: Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar", o historiador Carlos Fico, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), admite ser possível que outras queimas de documentos estejam acontecendo no país.
"Não há no Brasil uma política sistematizada de transferência de acervos para o Arquivo Nacional e arquivos estaduais. No caso dos documentos militares, quem decide dar ou não informações são os comandantes. Isto é um absurdo, porque não são decisões administrativas, de governo. São decisões de Estado", afirmou Fico.
"Ainda há um medo muito grande de revanchismo e revelações picantes. Mas é um medo indevido ", disse Fico, que defende punição para os responsáveis pela queima dos arquivos de Salvador.


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