São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 2006

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DIPLOMACIA

Negócio com Irã está proibido

Itamaraty analisa veto americano à Embraer

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O Itamaraty informou ontem, por meio de sua assessoria, que "se encontra sob análise" no ministério o veto dos Estados Unidos à exportação de aviões da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) para o Irã.
Ainda conforme a assessoria do Itamaraty, o caso do Irã e o da exportação de aeronaves para a Venezuela, também vetada pelos Estados Unidos, serão tratados como assuntos distintos. O ministério não forneceu mais detalhes.
Ontem reportagem da Folha informou que a empresa está impedida de vender aeronaves, mesmo as civis, para o Irã devido ao veto dos Estados Unidos.
Peças dos aviões da Embraer são fabricadas nos Estados Unidos. O governo de George W. Bush pode legalmente vetar que aeronaves com componentes eletrônicos norte-americanos sejam exportadas a países considerados hostis, como Irã e Coréia Norte.
No caso da Venezuela, os Estados Unidos também estariam dispostos a vetar a venda de aviões alegando que haverá transferência de tecnologia ao país governado por Hugo Chávez -um desafeto de Bush.
Esse veto ao negócio com a Venezuela prejudica o Brasil, que perderá um negócio estimado em US$ 500 milhões com a venda de 36 aviões -12 do modelo AMX-T e 24 do ALX Super Tucano. O Super Tucano é o avião ideal para a Amazônia, capaz de sobreviver ao clima equatorial sem prejudicar sua tecnologia. O AMX-T é uma versão mais moderna para treinamento do avião de ataque AMX.
Sobre a questão da Venezuela, o governo brasileiro informou na semana passada que não aceita a interferência dos Estados Unidos e está disposto a levar o caso a fóruns internacionais. (HC)


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