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DIPLOMACIA
Negócio com Irã está proibido
Itamaraty analisa veto americano à Embraer
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O Itamaraty informou ontem,
por meio de sua assessoria, que
"se encontra sob análise" no ministério o veto dos Estados Unidos à exportação de aviões da
Embraer (Empresa Brasileira de
Aeronáutica) para o Irã.
Ainda conforme a assessoria do
Itamaraty, o caso do Irã e o da exportação de aeronaves para a Venezuela, também vetada pelos Estados Unidos, serão tratados como assuntos distintos. O ministério não forneceu mais detalhes.
Ontem reportagem da Folha informou que a empresa está impedida de vender aeronaves, mesmo
as civis, para o Irã devido ao veto
dos Estados Unidos.
Peças dos aviões da Embraer
são fabricadas nos Estados Unidos. O governo de George W.
Bush pode legalmente vetar que
aeronaves com componentes eletrônicos norte-americanos sejam
exportadas a países considerados
hostis, como Irã e Coréia Norte.
No caso da Venezuela, os Estados Unidos também estariam dispostos a vetar a venda de aviões
alegando que haverá transferência de tecnologia ao país governado por Hugo Chávez -um desafeto de Bush.
Esse veto ao negócio com a Venezuela prejudica o Brasil, que
perderá um negócio estimado em
US$ 500 milhões com a venda de
36 aviões -12 do modelo AMX-T
e 24 do ALX Super Tucano. O Super Tucano é o avião ideal para a
Amazônia, capaz de sobreviver ao
clima equatorial sem prejudicar
sua tecnologia. O AMX-T é uma
versão mais moderna para treinamento do avião de ataque AMX.
Sobre a questão da Venezuela, o
governo brasileiro informou na
semana passada que não aceita a
interferência dos Estados Unidos
e está disposto a levar o caso a fóruns internacionais.
(HC)
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