DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de ter protagonizado uma recente e dura troca de farpas com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em razão do número de assentados de 2004, o Ministério do Desenvolvimento Agrário preferiu não comentar anteontem os dados de 2005. Informou que não se manifestaria antes do anúncio oficial do balanço programado para esta semana em Brasília.
A direção nacional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) agiu da mesma forma, orientando suas 30 superintendências regionais a não atender a imprensa para falar de seus supostos projetos de assentamento do ano passado.
Anteontem, o superintendente do Maranhão, Raimundo Monteiro dos Santos, depois de dez minutos de entrevista à Folha, por telefone, recordou-se da recomendação: "Não posso dar informações sobre os assentamentos. Só Brasília pode dá-las".
De acordo com o MST, o governo Lula "inflaciona os verdadeiros números de assentamentos utilizando a prática de contabilizar a reposição de lotes em assentamentos antigos como novos e por deixar famílias vivendo em assentamentos precários no Norte do país em terras públicas". O ministério, como resposta aos sem-terra, rotulou tal crítica de "leviana".
(EDS e RV)


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