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MEMÓRIA
"Maquiagem" de estatísticas não é novidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A tática de usar famílias
assentadas por governos estaduais para ampliar o número de beneficiados nos
balanços de reforma agrária
não é novidade no governo
Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2003, reportagem da
Folha revelou a estratégia do
Ministério do Desenvolvimento Agrário de contar como assentados sem-terra
atendidos por Estados e municípios e pessoas que já viviam há décadas nos mesmo
lugares. À época, a pasta do
ministro Miguel Rossetto
admitiu ter havido "falha"
no lançamento de números
que abastecem o sistema de
estatísticas. Dois anos depois, a prática prosseguiu.
Em relação à ampliação
das estatísticas de trabalhadores assentados, o governo
Fernando Henrique (1995-2002) foi alvo de ataques dos
petistas, que, agora, repetem
o modelo. Em 2002, numa
série de reportagens, a Folha
indicou que o governo tucano maquiou seus balanços
usando terrenos vazios,
áreas sem casas nem infra-estrutura. Além disso, o governo FHC contou como
"assentados" trabalhadores
já mortos. O ministério chegou a baixar norma que regularizava a situação revelada. A medida, sob acusação
de casuística, foi revogada
no governo Lula.
(EDS e RV)
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