São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 2006

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MEMÓRIA

"Maquiagem" de estatísticas não é novidade

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A tática de usar famílias assentadas por governos estaduais para ampliar o número de beneficiados nos balanços de reforma agrária não é novidade no governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2003, reportagem da Folha revelou a estratégia do Ministério do Desenvolvimento Agrário de contar como assentados sem-terra atendidos por Estados e municípios e pessoas que já viviam há décadas nos mesmo lugares. À época, a pasta do ministro Miguel Rossetto admitiu ter havido "falha" no lançamento de números que abastecem o sistema de estatísticas. Dois anos depois, a prática prosseguiu.
Em relação à ampliação das estatísticas de trabalhadores assentados, o governo Fernando Henrique (1995-2002) foi alvo de ataques dos petistas, que, agora, repetem o modelo. Em 2002, numa série de reportagens, a Folha indicou que o governo tucano maquiou seus balanços usando terrenos vazios, áreas sem casas nem infra-estrutura. Além disso, o governo FHC contou como "assentados" trabalhadores já mortos. O ministério chegou a baixar norma que regularizava a situação revelada. A medida, sob acusação de casuística, foi revogada no governo Lula. (EDS e RV)


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