São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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Eleitos negam influência de fator financeiro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com exceção de Wellington Salgado (PMDB-MG), os demais senadores procurados pela Folha negaram que as doações de campanha feitas pelos suplentes tenham influenciado na montagem da chapa eleitoral.
Wellington Salgado (PMDB-MG) afirmou que dois fatores influenciaram na escolha de seu nome como suplente de Hélio Costa, atual ministro das Comunicações. "Um foi a minha presença no Triângulo Mineiro, onde tenho faculdade e um time de basquete, e o segundo é o apoio financeiro, claro", afirmou.
Já Mário Couto (PSDB-PA) informou que Demetrius Ribeiro foi indicado para ser seu suplente por ser um empresário influente na região de Marabá.
Alfredo Nascimento (PR-AM), ex-ministro dos Transportes, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, se a doação de R$ 10 mil feita por Aluísio Braga tivesse alguma influência, ele seria o primeiro e não o segundo suplente.
Eleito em 2002, Osmar Dias (PDT-PR) recebeu R$ 117.588 de seu suplente José Carlos Gomes Carvalho, que já faleceu. Dias afirma que ele próprio colocou R$ 108.117 na campanha.
Papaléo Paes (PSDB-AP) diz que tanto Uilton José, segundo suplente, quanto o Sebastião Cristovan, primeiro suplente, são seus amigos. "Escolhi eles, que são de confiança, para não me empurrarem qualquer um."
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que escolheu Tomás Correia para compor a chapa ao Senado por ele ter sido prefeito de Porto Velho e deputado constituinte.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS), também eleito em 2002 e que presidiu a CPI dos Correios, tem como suplente Antonio João Rodrigues, dono de rádio, TV e jornal no Estado. "Eu o escolhi porque é um formador de opinião, não foi para bancar minha campanha", diz.
Magno Malta (PR-ES) diz que "Francisco Pereira foi escolhido por ser um amigo que eu sempre respeitei, professar a mesma fé, ser um bom pai de família, ter boa índole e, por deliberação partidária". Chico Pneus, como é conhecido o suplente, foi preso na operação Esfinge da Polícia Federal, no início deste ano, acusado de sonegação fiscal.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que o critério para a escolha de seus suplentes foi político.
A campanha do pefelista Paulo Octávio (DF) recebeu R$ 110.152 do suplente Adelmir Santana, que é dono de uma rede de farmácias e presidente da Fecomércio (Federação do Comércio) do Distrito Federal. "Eu o escolhi porque é do PFL e uma pessoa respeitada. Ele não é um superempresário", afirmou Paulo Octávio.
Cícero Lucena (PSDB-PB) afirmou que escolheu seus suplentes por questões partidárias e por terem influência em diferentes regiões de seu Estado.
Raimundo Colombo (PFL-SC) negou que o dinheiro doado tenha contribuído para a indicação de Casildo Maldaner para a vaga de suplente.
Os senadores José Maranhão (PMDB-PB), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Jonas Pinheiro (PFL-MT) não se manifestaram sobre a composição de suas chapas. (FK)


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