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Eleitos negam influência de fator financeiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com exceção de Wellington Salgado (PMDB-MG), os
demais senadores procurados pela Folha negaram que
as doações de campanha feitas pelos suplentes tenham
influenciado na montagem
da chapa eleitoral.
Wellington Salgado
(PMDB-MG) afirmou que
dois fatores influenciaram
na escolha de seu nome como suplente de Hélio Costa,
atual ministro das Comunicações. "Um foi a minha presença no Triângulo Mineiro,
onde tenho faculdade e um
time de basquete, e o segundo é o apoio financeiro, claro", afirmou.
Já Mário Couto (PSDB-PA) informou que Demetrius Ribeiro foi indicado para ser seu suplente por ser
um empresário influente na
região de Marabá.
Alfredo Nascimento (PR-AM), ex-ministro dos Transportes, afirmou, por meio de
sua assessoria de imprensa,
que, se a doação de R$ 10 mil
feita por Aluísio Braga tivesse alguma influência, ele seria o primeiro e não o segundo suplente.
Eleito em 2002, Osmar
Dias (PDT-PR) recebeu R$
117.588 de seu suplente José
Carlos Gomes Carvalho, que
já faleceu. Dias afirma que
ele próprio colocou R$
108.117 na campanha.
Papaléo Paes (PSDB-AP)
diz que tanto Uilton José, segundo suplente, quanto o Sebastião Cristovan, primeiro
suplente, são seus amigos.
"Escolhi eles, que são de
confiança, para não me empurrarem qualquer um."
O senador Valdir Raupp
(PMDB-RO) disse que escolheu Tomás Correia para
compor a chapa ao Senado
por ele ter sido prefeito de
Porto Velho e deputado
constituinte.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS), também eleito
em 2002 e que presidiu a
CPI dos Correios, tem como
suplente Antonio João Rodrigues, dono de rádio, TV e
jornal no Estado. "Eu o escolhi porque é um formador de
opinião, não foi para bancar
minha campanha", diz.
Magno Malta (PR-ES) diz
que "Francisco Pereira foi
escolhido por ser um amigo
que eu sempre respeitei,
professar a mesma fé, ser um
bom pai de família, ter boa
índole e, por deliberação
partidária". Chico Pneus, como é conhecido o suplente,
foi preso na operação Esfinge da Polícia Federal, no início deste ano, acusado de sonegação fiscal.
O senador Álvaro Dias
(PSDB-PR) afirmou que o
critério para a escolha de
seus suplentes foi político.
A campanha do pefelista
Paulo Octávio (DF) recebeu
R$ 110.152 do suplente Adelmir Santana, que é dono de
uma rede de farmácias e presidente da Fecomércio (Federação do Comércio) do
Distrito Federal. "Eu o escolhi porque é do PFL e uma
pessoa respeitada. Ele não é
um superempresário", afirmou Paulo Octávio.
Cícero Lucena (PSDB-PB)
afirmou que escolheu seus
suplentes por questões partidárias e por terem influência em diferentes regiões de
seu Estado.
Raimundo Colombo
(PFL-SC) negou que o dinheiro doado tenha contribuído para a indicação de
Casildo Maldaner para a vaga de suplente.
Os senadores José Maranhão (PMDB-PB), Marcelo
Crivella (PRB-RJ) e Jonas
Pinheiro (PFL-MT) não se
manifestaram sobre a composição de suas chapas.
(FK)
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