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NOVO ELDORADO
Polícia ocupa garimpo no AM, mas afirma que ele não vai ser fechado
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A Polícia Militar do Amazonas ocupou ontem o garimpo ilegal que vem sendo
chamado de "novo eldorado
da Amazônia", em Novo Aripuanã, no sul do Estado.
"A medida é preventiva,
para evitar conflitos e ter o
controle da segurança. Não
vamos fechar o garimpo",
disse o comandante do 12º
Batalhão da PM na região,
coronel Daniel Piccolotto.
A presença da PM e de integrantes da Polícia Federal
e Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) no garimpo faz
parte de intervenção da
União, que determinou estudo de viabilidade da exploração da reserva.
A ocupação da PM amazonense começou ontem pela
manhã, quando dez soldados
entraram na área de exploração. Segundo Piccolotto, de
4.000 a 6.000 pessoas estariam dentro das grotas de extração de ouro.
Outra equipe de policiais
militares vai vigiar os acessos
ao garimpo com lanchas, em
incursões pelo rio Juma até a
confluência deste com o rio
Novo Aripuanã.
Na margem direita do rio
Juma, cujo acesso é por uma
estrada vicinal de um assentamento do Incra (Instituto
Nacional de Colonização e
Reforma Agrária), a PM vai
instalar um trailer como posto de registro de ocorrências.
Um carro circulará pelas
rodovias AM-360 e Transamazônica até Apuí (455 km
de Manaus), cidade que dá
acesso ao garimpo.
Lotação
De acordo com Piccolotto,
um levantamento estimou
que mil pessoas estariam
sem trabalho no garimpo por
conta da lotação das frentes
de exploração.
Há registros de roubo de
cascalho, terra da qual o ouro
é retirado. "Há homens sem
o que fazer porque as melhores áreas do garimpo já foram ocupadas, por isso a
ação de segurança é imprescindível", disse.
Ontem, um avião do governo do Amazonas chegou a
Apuí levando medicamentos
para doenças como malária,
hepatite e diarréia, além de
hipoclorito de sódio para tratamento de água no garimpo.
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