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Aécio apóia candidatura de Alckmin em SP
Em oposição a Serra, governador de Minas diz que partido deve apoiar ex-governador, caso ele queira disputar a prefeitura
No final de semana, FHC tentou convencer Alckmin a recuar, mas ele insistiu que PSDB não pode abrir mão de ter candidato em São Paulo
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A candidatura do ex-governador paulista Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo
conta com apoio de peso dentro
do PSDB: do governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Potencial candidato à Presidência da República -disputando com o governador de São
Paulo, José Serra, o direito de
representar o PSDB na corrida
de 2010-, Aécio tem repetido
que a candidatura de Alckmin
seria estratégica para o PSDB.
Na avaliação de Aécio, Alckmin tem de ser o candidato do
partido, caso queira disputar a
prefeitura paulistana.
Aécio deverá manifestar sua
opinião em encontro previsto
para esta semana. Convocada
para discutir a dívida do PSDB,
a reunião deverá contar com o
presidente do partido, Sérgio
Guerra, governadores e o ex-governador Geraldo Alckmin,
candidato ao Planalto em 2006.
Na reunião, os tucanos deverão expor suas divergências. Ao
defender a candidatura de
Alckmin, Aécio contraria a torcida de tucanos por um acordo
que assegure o apoio do PSDB à
reeleição do prefeito Gilberto
Kassab (DEM). Esse seria o caso de Serra e do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso.
Ontem, no lançamento de
um programa de privatização
de rodovias, Serra disse que "a
opinião do Fernando Henrique
tem sempre que ser levada em
conta, você concorde ou não, e
a opinião dele tem visão estratégica, mas não vou me pronunciar sobre esse assunto".
Segundo tucanos, FHC teria
tentado demover Alckmin da
idéia de concorrer, numa conversa na semana passada.
Alckmin, porém, insiste no
argumento de que o PSDB não
pode abrir mão de ter candidato na maior cidade da América
do Sul. Também teria dito a interlocutores que estará liquidado caso não concorra desde já.
"A candidatura tem apoio de
movimentos organizados do
partido", disse o deputado federal Edson Aparecido (PSDB).
Segundo ele, no fim do mês,
haverá um manifesto formal
desses grupos em favor da candidatura Alckmin. "A candidatura tem de cumprir a estratégia do partido", afirmou o deputado Duarte Nogueira.
Enquanto alckmistas articulam movimentos de apoio à
candidatura do ex-governador,
os defensores da manutenção
da aliança entre PSDB e DEM
já tornam pública sua opinião.
Ainda que sem pregar diretamente o apoio à reeleição de
Kassab, o vice-governador e secretário estadual de desenvolvimento, Alberto Goldman
(PSDB), evoca "responsabilidade política" ao recomendar a
preservação da aliança. "Nossa
ação política deve levar em conta, em primeiro lugar, interesse
público. Os outros interesses,
por mais legítimos que sejam,
partidários e pessoais, têm que
se submeter a essa lógica."
Repetindo que o PSDB não
pode se impor como cabeça de
chapa, Goldman diz que essa é
uma questão de sobrevivência
política: " Onde entra o interesse do cidadão? Em política, se
você não se der conta que existe
um mundo real, está perdido".
Colaborou EVANDRO SPINELLI ,
da Reportagem Local
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