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MARINGÁ
Sem se identificar, indígena mora há 15 dias em campus
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Há 15 dias, um jovem índio
mora no campus da UEM
(Universidade Estadual de
Maringá), no centro de Maringá (420 km de Curitiba).
""Ele chegou e foi ficando,
consegue alimentação pelos
vigilantes e pouco conversa.
De concreto sabemos que ele
não é de nenhum etnia do Sul
do país"", disse o pesquisador
Lúcio Tadeu Mota, 54, que
tenta identificar o índio.
Arredio a fotos e de pouca
conversa, o índio não quer
identificar sua etnia e disse
chamar João. Ontem, funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) em
Londrina foram a Maringá
para tentar identificar, sem
sucesso, a etnia do jovem.
""Ele é um cidadão brasileiro e tem o direito constitucional de ir e vir. A UEM não
pode simplesmente expulsá-lo", disse Mota. "Vamos buscar descobrir sua etnia e ele
decidirá se quer ou não voltar para seu grupo", afirmou.
Mota disse que uma outra
alternativa será oferecer alojamento ao índio na vila indígena, local onde mora a comunidade indígena universitária da UEM, que tem 20 índios de várias etnias entre
seus estudantes. "O problema é que as aulas só começam em março, e ele não se
mostrou animado para deixar o local onde se alojou."
O índio vive hoje no Museu
Histórico da Bacia do Paraná, no campus. Ele usa camiseta, bermuda e chinelos,
além do tembetá (ornamento bucal com penas de aves)
como indígenas da região
amazônica.
(JOSÉ MASCHIO)
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