São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2009

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MARINGÁ

Sem se identificar, indígena mora há 15 dias em campus

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Há 15 dias, um jovem índio mora no campus da UEM (Universidade Estadual de Maringá), no centro de Maringá (420 km de Curitiba).
""Ele chegou e foi ficando, consegue alimentação pelos vigilantes e pouco conversa. De concreto sabemos que ele não é de nenhum etnia do Sul do país"", disse o pesquisador Lúcio Tadeu Mota, 54, que tenta identificar o índio.
Arredio a fotos e de pouca conversa, o índio não quer identificar sua etnia e disse chamar João. Ontem, funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Londrina foram a Maringá para tentar identificar, sem sucesso, a etnia do jovem.
""Ele é um cidadão brasileiro e tem o direito constitucional de ir e vir. A UEM não pode simplesmente expulsá-lo", disse Mota. "Vamos buscar descobrir sua etnia e ele decidirá se quer ou não voltar para seu grupo", afirmou.
Mota disse que uma outra alternativa será oferecer alojamento ao índio na vila indígena, local onde mora a comunidade indígena universitária da UEM, que tem 20 índios de várias etnias entre seus estudantes. "O problema é que as aulas só começam em março, e ele não se mostrou animado para deixar o local onde se alojou."
O índio vive hoje no Museu Histórico da Bacia do Paraná, no campus. Ele usa camiseta, bermuda e chinelos, além do tembetá (ornamento bucal com penas de aves) como indígenas da região amazônica. (JOSÉ MASCHIO)


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