DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PMDB governista conseguiu ontem à noite convocar uma reunião da Executiva Nacional do partido para discutir o adiamento da prévia, marcada para domingo, dia 19. A idéia é inviabilizar o processo no qual cerca de 20 mil peemedebistas poderiam escolher um candidato próprio do partido à Presidência.
A reunião deve ocorrer amanhã, em Brasília, na sede do partido. A Executiva Nacional tem 16 integrantes. Para convocá-la, são necessários ao menos seis votos. Essa batalha foi vencida. Agora, os governistas precisam ter nove apoios para derrubar as prévias.
No Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comandou reunião permanente ontem em seu gabinete para conquistar apoio para a tese de que o PMDB não deve ter candidato próprio.
No início da noite, os governistas do partido pensavam ter os nove apoios, mas não divulgaram todos os nomes.
A estratégia dos governistas é dizer que o processo de prévia precisa ser reavaliado com a nova realidade imposta pela manutenção da verticalização -que impede que os partidos se coliguem nos Estados com os adversários em plano nacional. O STF (Supremo Tribunal Federal) deve ratificar a validade dessa regra na semana que vem.
A ação da ala governista do PMDB não está sendo indolor. Ontem, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um duro discurso a favor da candidatura própria.
Se a prévia for postergada para depois de 31 de março, haverá um problema insuperável para um dos postulantes à vaga de candidato. Germano Rigotto, governador do Rio Grande do Sul, precisa saber se o partido o quer como candidato, pois precisa se desincompatibilizar até o fim do mês.
Com a prévia marcada para uma data a partir de 1º de abril, o PMDB teria apenas um pré-candidato -o ex-governador do Rio Anthony Garotinho.


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