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OUTRO LADO
Ministro recorre ao mercado para negar acusação
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Antonio Palocci
disse ontem que as denúncias
de sua suposta participação em
um esquema de corrupção são
a "repetição de uma onda ocorrida no ano passado": "Quando estamos nos aproximando
do processo eleitoral, há uma
retomada de questões já passadas. Isso diz respeito ao clima
eleitoral, que vai trazer um calor maior ao debate político e a
esse nível de acusações", disse.
As declarações foram dadas
em teleconferência promovida
pela consultoria Tendências,
de Maílson da Nóbrega e Gustavo Loyola, onde jornalistas
puderam apenas ouvir as perguntas de clientes da empresa.
Sobre as denúncias de funcionários que trabalhavam numa casa em Brasília onde ocorreria a distribuição de dinheiro,
Palocci disse ignorar quais
"motivações, sentimentos ou
interesses" estariam por trás
das declarações. "Quero até
ressaltar que eu não guio aqui
em Brasília. Uso carro oficial
ou ando com a minha esposa",
disse sobre suas supostas idas à
casa dirigindo um Peugeot prata. "Serei sempre muito transparente. Estive três vezes no
Congresso prestando depoimentos no ano passado e esclareci todas as questões que me
foram levantadas", declarou.
Palocci disse que não pretende ter nenhuma participação
na campanha: "Estive hoje com
o presidente Lula e disse que
minha vontade era prosseguir
no ministério e não me envolver diretamente na campanha.
Isso corresponde também à
vontade do presidente", disse.
Palocci passou a maior parte
do dia no Planalto planejando
sua defesa. A idéia inicial, de
convocar a imprensa para uma
entrevista, foi descartada porque traria muito desgaste. A
saída foi pedir ajuda ao mercado, que lhe proporcionou uma
teleconferência com investidores e economistas, dando ao
ministro uma chance de falar
sobre economia em vez de ser
emparedado pelos jornalistas.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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