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CPI tenta quebrar sigilo de empresa de amigo de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os governistas ganharam fôlego com o adiamento da sessão da CPI dos Bingos marcada
para ontem. Eles temiam que
fosse votada a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico
da empresa Red Star, da qual
Paulo Okamotto é sócio. O assunto deve ser apreciado hoje.
Okamotto é um dos principais alvos da oposição. Presidente do Sebrae, ele é amigo de
Luiz Inácio Lula da Silva.
Okamotto foi o responsável
por pagar dívida de R$ 29,4 mil
que Lula tinha com o PT. Ele
afirmou ter atuado como procurador do presidente.
A CPI quebrou os sigilos pessoais de Okamotto, mas uma liminar do Supremo Tribunal
Federal impediu o acesso aos
dados. A oposição aposta agora
na quebra dos sigilos da Red
Star. O objetivo é descobrir se
Okamotto arrecadava recursos
para campanhas petistas.
O requerimento foi apresentado pelo senador José Jorge
(PFL-PE). Na justificativa, ele
incluiu uma declaração de
Okamotto em que ele admite
ter sido tesoureiro da campanha de Lula em 1989 e ter participado da coordenação da
campanha de 2002.
Além da quebra dos sigilos da
Red Star, a CPI dos Bingos poderá aprovar hoje uma nova
convocação de Okamotto.
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