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"Perdi muitos amigos que achavam que eu não ia fazer nada", diz Lula
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO, EM ARARAQUARA
A inauguração da escola
municipal Gilda de Mello e
Souza em Araraquara (SP)
contou ontem com a presença do presidente Lula e um
discurso da filósofa Marilena
Chaui, professora da USP.
Marilena foi aluna de Gilda,
ensaísta e mulher do crítico
literário Antonio Candido.
A homenagem a Gilda se
deve ao fato de que, embora
ela tenha nascido em São
Paulo, passou sua infância em
Araraquara. Em 1930 ela voltou à capital paulista para estudar, formando-se em filosofia na USP, em 1940. Publicou, entre outras obras, "O
Tupi e o Alaúde" (1979) e "O
Espírito das Roupas" (1987).
Gilda morreu em 2005.
"No final da década de
1950, Gilda de Mello e Souza
era a única mulher do departamento e era professora de
estética, ou seja, da filosofia
das artes, o que era considerado na época pelos machos do
departamento como uma coisa menor (...). Mas nos anos
terríveis da ditadura, ela não
só dirigiu o departamento de
Filosofia como garantiu sua
existência e assegurou que
neste país um trabalho crítico, filosófico e de reflexão pudesse ser realizado", disse ela.
Lula também discursou:
"Aqui tem extraordinários
companheiros e companheiras que vieram comigo, intelectuais da mais alta competência". Ele lembrou porém,
as críticas do início do governo: "Perdi muitos amigos que
achavam que eu não ia fazer
nada, porque os juros continuavam altos, porque o Brasil
não crescia".
Para receber Lula, o prefeito Edinho Silva (PT) passou
uma camada de asfalto na rua
que dá acesso à escola: "Fizeram isso faz uns quatro dias",
disse Maria do Carmo, 36.
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