São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

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"Perdi muitos amigos que achavam que eu não ia fazer nada", diz Lula

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO, EM ARARAQUARA

A inauguração da escola municipal Gilda de Mello e Souza em Araraquara (SP) contou ontem com a presença do presidente Lula e um discurso da filósofa Marilena Chaui, professora da USP. Marilena foi aluna de Gilda, ensaísta e mulher do crítico literário Antonio Candido.
A homenagem a Gilda se deve ao fato de que, embora ela tenha nascido em São Paulo, passou sua infância em Araraquara. Em 1930 ela voltou à capital paulista para estudar, formando-se em filosofia na USP, em 1940. Publicou, entre outras obras, "O Tupi e o Alaúde" (1979) e "O Espírito das Roupas" (1987). Gilda morreu em 2005.
"No final da década de 1950, Gilda de Mello e Souza era a única mulher do departamento e era professora de estética, ou seja, da filosofia das artes, o que era considerado na época pelos machos do departamento como uma coisa menor (...). Mas nos anos terríveis da ditadura, ela não só dirigiu o departamento de Filosofia como garantiu sua existência e assegurou que neste país um trabalho crítico, filosófico e de reflexão pudesse ser realizado", disse ela.
Lula também discursou: "Aqui tem extraordinários companheiros e companheiras que vieram comigo, intelectuais da mais alta competência". Ele lembrou porém, as críticas do início do governo: "Perdi muitos amigos que achavam que eu não ia fazer nada, porque os juros continuavam altos, porque o Brasil não crescia".
Para receber Lula, o prefeito Edinho Silva (PT) passou uma camada de asfalto na rua que dá acesso à escola: "Fizeram isso faz uns quatro dias", disse Maria do Carmo, 36.


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