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outro lado
Emediato diz que pediu ajuda sem privilégios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um e-mail enviado à
Folha, o presidente do Codefat, Luiz Fernando Emediato, afirma que a Ativa e a
CAN "são pequenas empresas de consultoria de crédito" e "que estavam reclamando dos prejuízos que estavam tendo na época".
"Elas estavam trabalhando
para os bancos e para os sindicatos, recebendo toda a
pressão para levar os empréstimos para as empresas
pequenas, e não estavam
conseguindo, por causa dos
altos custos", escreve ele à
reportagem. "Na mensagem,
peço ao BMG que ajude estes
correspondentes bancários,
dando mais volume de serviços para eles, de forma a diminuir os prejuízos."
Segundo Emediato, a Ativa
é uma promotora de crédito
de sua família, "que trabalhava -e ainda trabalha- para o
Santander, o BMG, a BV Financeira e outros bancos".
Ele não fala da atual composição societária da CAN. Em
2004, ano do e-mail ao BMG,
era administrada pelo irmão.
"Atentem que, em minha
mensagem, eu peço ao BMG
que tentem ajudar as empresas "sem privilegiar'", frisa.
Emediato diz que, na mensagem a Alaor, está comunicando a um dos diretores do
BMG "que os sindicalistas
estavam incomodados com o
fato de que os bancos estavam priorizando as ações
com as grandes empresas".
"Na época", diz, "o BMG e
o Santander eram os bancos
mais ativos junto aos sindicatos da Força Sindical".
Afirmando que é permitida a participação dos sindicatos, alegou que os bancos e
sindicatos se unem para indicar o agente financeiro
com o objetivo de oferecer as
melhores condições de financiamento. "Quando o
sindicato não atua, as empresas tendem a negociar com
seus bancos (...). Nem sempre as taxas são as melhores
para os trabalhadores."
"No entanto, alguns bancos e os sindicatos, unidos,
tentam que as empresas
aceitem os bancos recomendados pelos sindicatos", diz.
A Força Sindical, afirma
ele, anunciou acordos de
cooperação com bancos.
A direção do BMG não quis
comentar o teor do e-mail
endereçado a seu vice-presidente Márcio Alaor. Em nota, "esclarece que os convênios através dos sindicatos
foram firmados a partir da
Medida Provisória 130, de
setembro de 2003, com adesão imediata de aproximadamente 18 bancos para empréstimo junto às empresas
privadas". "Vale ressaltar,
que a decisão de se firmar o
convênio ou não com desconto em folha de pagamento é de exclusiva decisão do
acionista/administrador das
empresas e não dos sindicatos, que não possuem nenhuma gestão nesse tipo de convênio", diz a nota.
"Os contratos das empresas mencionadas não são exclusivos do banco BMG, pois
operam com outras instituições financeiras."
A assessoria do BMG ressalta que os contratos com a
CAN e a Ativa representam,
cada, 0,001% de sua carteira
de crédito consignado.
O Santander informou,
por meio de assessoria, que
não iria se manifestar.
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