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Judiciário faz
nova pressão
por reajustes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No mesmo dia em que anunciou um corte de R$ 5,3 bilhões no
Orçamento devido ao atraso na
votação da prorrogação da
CPMF, o imposto do cheque, o
governo foi pressionado pelo Judiciário a apoiar os projetos de lei
que reajustam o salário dos servidores -a um custo adicional de
R$ 3 bilhões- e a liberar verbas
para a construção de tribunais.
Após se reunir com os ministros
Pedro Malan (Fazenda) e Guilherme Dias (Planejamento), o
presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Nilson
Naves, reconheceu que o reajuste
ficará aquém do esperado pela categoria. "Vamos encontrar uma
solução que talvez não será do
agrado do servidor."
O governo deverá propor o reajuste gradual, com mais ênfase no
início de carreira. As modificações serão discutidas pelos servidores do Judiciário Federal e do
Ministério Público da União.
"A idéia é fazer algum tipo de
recuperação dos níveis salariais
de forma gradual", disse Dias.
De acordo com Naves, um analista judiciário em início de carreira ganha R$ 1.300, metade do que
um servidor equivalente recebe
no Executivo.
Os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da
União estão em greve desde o início do mês. A adesão, segundo a
Fenajufe (Federação Nacional dos
Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da
União), é de cerca de 70% dos 100
mil funcionários.
Obras paradas
O corte no Orçamento do Judiciário anunciado no começo do
ano, de R$ 111,5 milhões, atingiu
os investimentos, ou seja, a construção de tribunais. Das 183 Varas
Federais que devem ser instaladas
até 2004, Naves espera concluir
entre 10 e 15 até o final do ano.
Malan afirmou que o Orçamento de 2003 contemplará as varas.
Naves também pediu a liberação
de R$ 5 milhões para concluir as
obras do Tribunal Regional Federal em Porto Alegre (RS) e da Justiça Federal em Curitiba (PR).
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