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Mercadante ajudou a aproximar Previ e Steinbruch no leilão da Vale
DA SUCURSAL DO RIO
Na privatização da Vale (1997) e
da Telebrás (1998), o argumento
nacionalista uniu os interesses de
dois setores antagônicos: o PT do
deputado federal Aloizio Mercadante (SP) e o núcleo tucano ligado ao ex-diretor do BB (Banco do
Brasil) Ricardo Sérgio Oliveira.
Mercadante, inimigo das privatizações, ajudou na aproximação
entre a Previ (fundo de pensão
dos funcionários do BB) e Benjamin Steinbruch, da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
Um dirigente da Previ disse à
Folha que o petista apoiou a aproximação do fundo com Steinbruch, seu amigo há mais de 20
anos. Mercadante diz que nunca
se envolveu nas privatizações, a
não ser para contestá-las na Justiça, mas admitiu ter elogiado o
empresário para dirigentes da
Previ. "Se me perguntaram, elogiei. Seguramente, elogiei."
Ele disse que, com a inevitabilidade da privatização da Vale, a
compra por um grupo nacional
seria mal menor ante o risco de a
empresa ficar com a gigante sul-africana Anglo American, do consórcio do grupo Votorantim.
Para o deputado, Steinbruch é
um empreendedor e um dos poucos representantes do capital nacional que sobreviveram à desnacionalização da economia.
Ontem, em nota, Mercadante
afirma que "lutou muito para impedir a privatização da empresa".
O governo decidiu convidar
Mercadante a dar explicações na
Comissão de Fiscalização e Controle sobre suposta interferência
sua no caso.
(ELVIRA LOBATO e CHICO SANTOS)
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