DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Instituto Cidadania, José Alberto Camargo, afirma que o trabalho está normal. Em duas trocas de e-mails (disse que não poderia falar por telefone), declarou que o projeto "Desenvolvimento Local" não está em crise. "Nos próximos seis meses, vamos finalizar", afirmou. O prazo inicial era março.
O projeto custou R$ 1,2 milhão. O dinheiro, segundo o instituto, vem sendo utilizado desde fevereiro do ano passado na organização de seminários em vários Estados, contratação de serviços terceirizados e em uma pesquisa quantitativa para avaliar propostas de desenvolvimento local.
Já o Projeto Juventude, encerrado em junho de 2004, custou um pouco mais: R$ 1,3 milhão. O valor inclui gastos em plenárias, pesquisas e publicação de livros. Camargo confirmou que a estrutura do instituto é "muito pequena" e compreende "apenas zeladoria, serviços gerais de apoio/telefonia, uma pessoa encarregada de gerir o escritório e uma assistente técnico-administrativa".
As empresas que fizeram as doações afirmaram que a decisão foi tomada com critérios técnicos. A fundação ligada à Vale, que doou R$ 300 mil, declarou que o apoio "teve como objetivo contribuir para que se conhecesse melhor um dos principais beneficiados de seus programas sociais". O uso dos recursos foi auditado pela consultoria Trevisan, diz a Vale.
A Telemar não revelou valores. A empresa afirmou que a doação é compatível com "uma política de investimento e desenvolvimento para projetos sociais próprios e apoio a projetos de terceiros, com foco na formação dos cidadãos do futuro".
Já a CBMM, que deu R$ 800 mil, afirmou que "apóia projetos ligados a questões de cidadania, como os projetos Juventude e Desenvolvimento Local". Bunge e Usiminas não responderam.
Já em relação às doações para a campanha eleitoral, a CBMM declarou apenas que "a contribuição às campanhas eleitorais é uma decisão da empresa". Em 2002, segundo a companhia, a maioria das contribuições não foi destinada aos candidatos do PT.


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