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Depois de elogiar Lula, tucano confronta Mantega e Dilma
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de elogios recentes ao
presidente Lula, o pré-candidato tucano à Presidência, José
Serra, entrou em confronto direto ontem com o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, lançou críticas indiretas contra
sua oponente petista, Dilma
Rousseff, e atacou o modo de
governar da atual gestão.
O tucano duvidou da efetividade do corte de R$ 10 bilhões
em gastos de custeio anunciados pelo governo.
"Não posso comentar porque
não sei onde vão cortar. Precisa
ver se é corte de verdade ou é só
espuma. Se tiver desperdício
para cortar, tudo bem. Cortar o
essencial, não", declarou em
entrevista pela manhã no Rio.
Em nota divulgada no final
da tarde, Mantega disse que
Serra pode ficar "tranquilo".
"A redução de gastos é para
valer. O ex-governador deveria
estar feliz por nosso governo
estar fazendo superavit primário há sete anos e meio seguidos, ao contrário do governo
anterior, do qual ele foi ministro do Planejamento, quando
não se fez nenhum superavit
primário," rebateu Mantega.
O tucano passou o dia no Rio,
onde deu três entrevistas para
rádio e TV e fez palestra para
cerca de 500 pessoas na Associação Comercial, no centro.
Serra evitou comentar o programa partidário do PT, que
exaltou Dilma, mas lançou indiretas contra ela, que enfrentou críticas por tropeços em declarações recentes.
"Não tenho duas caras. Se for
pegar tudo aquilo que disse, vai
ver que tem uma coerência. Eu
não me oriento por publicitários. Tendo uma linha de coerência, você não tropeça."
O tucano declarou que reconhece coisas boas no governo
porque nunca fez "arrasa-quarteirão" em campanha. Mas foi
duro no ataque ao governo. "As
agências reguladoras, que foram um avanço no Brasil para
substituir o Estado, foram pervertidas simplesmente porque
foram loteadas politicamente."
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