São Paulo, sábado, 15 de maio de 2010

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Depois de elogiar Lula, tucano confronta Mantega e Dilma

DA SUCURSAL DO RIO

Depois de elogios recentes ao presidente Lula, o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, entrou em confronto direto ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, lançou críticas indiretas contra sua oponente petista, Dilma Rousseff, e atacou o modo de governar da atual gestão.
O tucano duvidou da efetividade do corte de R$ 10 bilhões em gastos de custeio anunciados pelo governo.
"Não posso comentar porque não sei onde vão cortar. Precisa ver se é corte de verdade ou é só espuma. Se tiver desperdício para cortar, tudo bem. Cortar o essencial, não", declarou em entrevista pela manhã no Rio.
Em nota divulgada no final da tarde, Mantega disse que Serra pode ficar "tranquilo".
"A redução de gastos é para valer. O ex-governador deveria estar feliz por nosso governo estar fazendo superavit primário há sete anos e meio seguidos, ao contrário do governo anterior, do qual ele foi ministro do Planejamento, quando não se fez nenhum superavit primário," rebateu Mantega.
O tucano passou o dia no Rio, onde deu três entrevistas para rádio e TV e fez palestra para cerca de 500 pessoas na Associação Comercial, no centro.
Serra evitou comentar o programa partidário do PT, que exaltou Dilma, mas lançou indiretas contra ela, que enfrentou críticas por tropeços em declarações recentes.
"Não tenho duas caras. Se for pegar tudo aquilo que disse, vai ver que tem uma coerência. Eu não me oriento por publicitários. Tendo uma linha de coerência, você não tropeça."
O tucano declarou que reconhece coisas boas no governo porque nunca fez "arrasa-quarteirão" em campanha. Mas foi duro no ataque ao governo. "As agências reguladoras, que foram um avanço no Brasil para substituir o Estado, foram pervertidas simplesmente porque foram loteadas politicamente."


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