São Paulo, domingo, 15 de junho de 2008

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Kassab diz que, se depender dele, nenhum tucano deixa a prefeitura

Kassabistas, porém, discordam da permanência de alckmistas no governo

DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirma que se depender dele, "nenhum tucano deixa a prefeitura". Mas, até no PSDB, há quem defenda maior rigor. Os kassabistas estão inconformados com a permanência dos mais inflamados alckmistas -muitos deles candidatos a vereador- no governo. Pelo menos 18 cabos eleitorais de Alckmin estão hoje na máquina do município.
Há duas semanas, por exemplo, dois funcionários da Subprefeitura de São Miguel Paulista, na zona leste da capital, distribuíam panfletos de convocação para um encontro com a presença de Geraldo Alckmin.
A panfletagem aconteceu durante inauguração de estação do metrô, com a presença de Kassab e o governador José Serra. Ex-coordenador de ação social da subprefeitura, Júlio Batista da Costa era um deles.
Dr. Júlio deixou o cargo de chefia na subprefeitura, como dita a lei, por ser candidato a vereador. Mas se manteve como assessor de gabinete. Com isso, estará empregado até o dia 5 de julho, quando vence o prazo para que candidatos a vereador deixem cargo público.
"Não sinto constrangimento. Respeito muito Kassab. Só apóio a candidatura própria do PSDB", argumenta.
Ao lado de Dr. Júlio, o supervisor de habitação da subprefeitura, Geraldo Malta, é um dos incentivadores da candidatura Alckmin, sob o lema "perto do pulsar da ruas e longe das benesses do poder". Ele se mantém no governo.
O subprefeito de São Miguel, Décio Ventura, ironiza: "Com as duas candidaturas, se ele não tiver uma deficiência de caráter, terá de ir para perto do pulsar das ruas. Eu, sim, vou entregar meu cargo".
Coordenadora de ação social da Subprefeitura de Vila Prudente, zona leste, Sandra Sales, argumenta: "Este também é o governo do PSDB".
Esse é o argumento de Eliseu Paixão. "Elegemos um projeto social-democrata".
Segundo Paixão, Kassab deve ser poupado de ataques.
Pré-candidato a vereador e assessor em Itaim Paulista, também na zona leste, Edson Marques Pereira não dá refresco. "Permanecerei até o prazo estabelecido por lei, 5 de julho. Votarei pela candidatura própria, leia-se Geraldo Alckmin, e, não assumo compromisso de não-agressão ao governo Kassab". (CATIA SEABRA)


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