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Kassab diz que, se depender dele, nenhum tucano deixa a prefeitura
Kassabistas, porém, discordam da permanência de alckmistas no governo
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirma
que se depender dele, "nenhum
tucano deixa a prefeitura".
Mas, até no PSDB, há quem defenda maior rigor. Os kassabistas estão inconformados com a
permanência dos mais inflamados alckmistas -muitos deles candidatos a vereador- no
governo. Pelo menos 18 cabos
eleitorais de Alckmin estão hoje na máquina do município.
Há duas semanas, por exemplo, dois funcionários da Subprefeitura de São Miguel Paulista, na zona leste da capital,
distribuíam panfletos de convocação para um encontro com
a presença de Geraldo Alckmin.
A panfletagem aconteceu durante inauguração de estação
do metrô, com a presença de
Kassab e o governador José
Serra. Ex-coordenador de ação
social da subprefeitura, Júlio
Batista da Costa era um deles.
Dr. Júlio deixou o cargo de
chefia na subprefeitura, como
dita a lei, por ser candidato a vereador. Mas se manteve como
assessor de gabinete. Com isso,
estará empregado até o dia 5 de
julho, quando vence o prazo para que candidatos a vereador
deixem cargo público.
"Não sinto constrangimento.
Respeito muito Kassab. Só
apóio a candidatura própria do
PSDB", argumenta.
Ao lado de Dr. Júlio, o supervisor de habitação da subprefeitura, Geraldo Malta, é um
dos incentivadores da candidatura Alckmin, sob o lema "perto
do pulsar da ruas e longe das
benesses do poder". Ele se
mantém no governo.
O subprefeito de São Miguel,
Décio Ventura, ironiza: "Com
as duas candidaturas, se ele não
tiver uma deficiência de caráter, terá de ir para perto do pulsar das ruas. Eu, sim, vou entregar meu cargo".
Coordenadora de ação social
da Subprefeitura de Vila Prudente, zona leste, Sandra Sales,
argumenta: "Este também é o
governo do PSDB".
Esse é o argumento de Eliseu
Paixão. "Elegemos um projeto
social-democrata".
Segundo Paixão, Kassab deve
ser poupado de ataques.
Pré-candidato a vereador e
assessor em Itaim Paulista,
também na zona leste, Edson
Marques Pereira não dá refresco. "Permanecerei até o prazo
estabelecido por lei, 5 de julho.
Votarei pela candidatura própria, leia-se Geraldo Alckmin,
e, não assumo compromisso de
não-agressão ao governo Kassab".
(CATIA SEABRA)
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