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IPEA
Pochmann quer mais servidores públicos no país
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com dificuldades para
gerir até o PAC, o Estado
brasileiro não está preparado para coordenar o desenvolvimento nas próximas décadas. A avaliação é
do novo presidente do
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o
professor da Unicamp
Márcio Pochmann.
Ao tomar posse, ontem,
ele defendeu a redefinição
do papel do Estado, que
considera "raquítico", a
contratação de servidores
e prometeu manter a independência do Ipea, que foi
muito criticado no primeiro mandato do presidente
Lula por apresentar projeções e opiniões divergentes do restante do governo.
Neste ano, o instituto foi
para a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo.
"Precisamos de gente
preparada para lidar com
o crescimento", disse.
"Hoje não temos um Estado preparado para o desenvolvimento. Em quantidade ou qualidade [de
servidores] não temos
condições de dar um salto
de desenvolvimento."
Citando como exemplo
o PAC, Pochmann argumentou que "há dificuldades para coordenar as
mais de 1.500 ações". Disse que o processo de liberação de verba é "complexo" e muitos ministérios
estão desestruturados.
Segundo ele, nos últimos 20 anos o Estado brasileiro foi "destruído". "O
Estado é raquítico. O corpo de funcionários públicos representa 8% da população ocupada, na década de 80 eram 12%. Nos
EUA, 18%, na Europa,
25%, na Escandinávia,
40%", afirmou.
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