ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidenciável tucano Geraldo Alckmin utilizou sua propaganda eleitoral na televisão ontem para cortejar o senador Cristovam Buarque (PDT), cobiçado por tucanos e petistas, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou depoimentos de três aliados de regiões onde teve bom desempenho no primeiro turno.
Alckmin, usando como pano de fundo o Dia do Professor, comemorado hoje, fez elogios ao senador como ministro da Educação, chamou-o de "homem sério e honrado", e fez questão de lembrar que o pedetista foi "demitido por telefone pelo presidente Lula e substituído por um dirigente do PT".
O tucano também incorporou uma das propostas de Cristovam: criar um piso nacional para o salários de professores, com auxílio de governadores e prefeitos. "Quero aproveitar uma boa idéia do professor e senador Cristovam Buarque e criar um piso salarial para os professores", afirmou.
A campanha de Lula mostrou, por sua vez, uma relação de projetos e propostas para cada região do país e apresentou três dos seus aliados para reforçar ao eleitor a importância da reeleição do petista.
Para representar o Norte, falou o governador reeleito do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB). O petista Jaques Wagner, governador eleito da Bahia, foi o representante do Nordeste, enquanto, Sérgio Cabral (PMDB), líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Rio de Janeiro, representou o Sudeste.
Do Centro-Oeste e do Sul foram mostrados eleitores.

TSE
Ontem, o ministro do TSE Marcelo Ribeiro negou o pedido de liminar, feito pela coligação de Lula (A Força do Povo), para proibir a reapresentação da propaganda tucana em que são citados os dias "que o governo Lula não diz de onde veio o dinheiro preso com petistas", em alusão ao caso do dossiê.
"Os fatos são do conhecimento público e, ao que percebo em um juízo prévio, sustentam, na peça publicitária em questão, crítica ao governo Lula", justifica o ministro.
Por outro lado, Ribeiro atendeu ao pedido liminar da coligação de Alckmin (Por Um Brasil Descente) e proibiu a utilização das expressões "enquanto eles acobertaram escândalos", na TV, e "enquanto eles, que agora se dizem os pais da honestidade, acobertaram escândalos", na propaganda de rádio.


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