São Paulo, domingo, 15 de outubro de 2006

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Benefícios vão mais a Estados sem serviços

DA REPORTAGEM LOCAL

Os Estados mais cobertos por programas assistenciais e onde a incidência do salário mínimo é maior são justamente os mais carentes em termos de serviços públicos que dependem de investimentos em infra-estrutura.
No quadro ao lado, é clara a predominância que Lula teve nas regiões Nordeste e Norte, enquanto Alckmin se saiu bem melhor no Sul.
Entre essas regiões, existem enormes diferenças no atendimento de abastecimento de água, coleta de esgoto e lixo e de serviços telefônicos.
Em Alagoas, por exemplo, só 14% do esgoto é coletado. Em Santa Catarina, 81,6% dos domicílios contam com o serviço. No Maranhão, só 59% têm abastecimento de água. No Paraná, 86,3% -acima da média nacional de 82,2%.
Embora o governo venha concentrando os benefícios assistenciais nesses Estados mais carentes de serviços públicos, os investimentos do governo federal para retirar a população de uma situação de permanente precariedade têm sido mínimos.
Os benefícios assistenciais e fortemente subsidiados como o Bolsa Família e outros vinculados à Previdência correspondem hoje a mais de 21% do gasto não-financeiro da União. Já os investimentos não passam de 3%.
Para o economista Sérgio Vale, da MB Associados, embora os benefícios sociais aliviem a situação dos mais pobres, eles têm demonstrado efeitos "efêmeros" em termos de sustentação de um crescimento econômico maior.


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