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Benefícios vão
mais a Estados
sem serviços
DA REPORTAGEM LOCAL
Os Estados mais cobertos por programas assistenciais e onde a incidência do salário mínimo é
maior são justamente os
mais carentes em termos
de serviços públicos que
dependem de investimentos em infra-estrutura.
No quadro ao lado, é clara a predominância que
Lula teve nas regiões Nordeste e Norte, enquanto
Alckmin se saiu bem melhor no Sul.
Entre essas regiões,
existem enormes diferenças no atendimento de
abastecimento de água,
coleta de esgoto e lixo e de
serviços telefônicos.
Em Alagoas, por exemplo, só 14% do esgoto é coletado. Em Santa Catarina,
81,6% dos domicílios contam com o serviço. No Maranhão, só 59% têm abastecimento de água. No Paraná, 86,3% -acima da
média nacional de 82,2%.
Embora o governo venha concentrando os benefícios assistenciais nesses Estados mais carentes
de serviços públicos, os investimentos do governo
federal para retirar a população de uma situação
de permanente precariedade têm sido mínimos.
Os benefícios assistenciais e fortemente subsidiados como o Bolsa Família e outros vinculados à
Previdência correspondem hoje a mais de 21% do
gasto não-financeiro da
União. Já os investimentos não passam de 3%.
Para o economista Sérgio Vale, da MB Associados, embora os benefícios
sociais aliviem a situação
dos mais pobres, eles têm
demonstrado efeitos "efêmeros" em termos de sustentação de um crescimento econômico maior.
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