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RECURSOS
Em 2003, verba compensatória destinada aos Estados deve cair pela metade
Alckmin e Rigotto querem repasse
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador Geraldo Alckmin
(PSDB-SP) e o governador eleito
Germano Rigotto (PMDB-RS),
defenderam a manutenção, no
próximo ano, dos valores que são
repassados aos Estados para compensar as perdas com a Lei Kandir, em encontro realizado na tarde de ontem, em São Paulo,.
A lei desonera da cobrança de
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) as exportações de produtos primários
e os investimentos produtivos. A
vigência do fundo orçamentário
que recompõe a perda dos Estados com a desoneração das exportações, no entanto, termina
em 31 de dezembro, e em 2003 a
verba destinada ao repasse aos Estados deve cair pela metade.
"Há a necessidade de uma lei
complementar que determine a
renovação do fundo e de, no Orçamento da União, garantirmos
recursos que permitam que os Estados exportadores não tenham
perdas", disse Rigotto após o encontro no Palácio dos Bandeirantes. "Não estamos pedindo nenhum favor [ao governo federal].
Não pedimos para aumentar, mas
para manter a verba."
Alckmin endossou o discurso:
"O caminho seria prorrogar o ressarcimento e garantir no Orçamento recursos para isso, além de
assegurar que esses recursos serão usados para o crédito tributário, já que na prática muitos Estados não devolvem o crédito".
Segundo a lei, os exportadores
devem receber de volta o ICMS
recolhido na compra da matéria-prima usada na fabricação dos
produtos. Mas como o imposto
nem sempre é pago ao mesmo Estado onde estão as empresas, os
governos estaduais têm se recusado a compensar os valores.
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