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São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

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MEMÓRIA

Dissidentes nem sempre foram expulsos do PT

DA REDAÇÃO

Os integrantes do PT que divergiram da orientação traçada pela cúpula nacional da legenda nem sempre foram expulsos do partido.
Em 22 de janeiro de 1993, a ex-prefeita paulistana Luiza Erundina aceitou um convite do então presidente Itamar Franco para integrar o ministério, contrariando decisão da cúpula do partido, que vetou a participação de petistas no governo. Em 7 de fevereiro, o PT suspendeu a filiação da ex-prefeita por um ano. Em junho, após a demissão de Erundina, o partido anulou a suspensão.
Em 1996, o então deputado federal Eduardo Jorge (SP) votou a favor da criação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), contrariando a orientação da bancada. Foi apenas repreendido em nota pública. No segundo turno, ele votou novamente a favor da emenda: "Tecnicamente, é a mesma votação. O meu voto tem que ser o mesmo".
A direção do partido não tem sido tão complacente com os grupos mais à esquerda. Em 1988, o PT expulsou a prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenelle, integrante do PRO (Partido Revolucionário Operário). Em 1991, a cúpula expulsou a Causa Operária (que deu origem ao PCO) e, em 1992, a Convergência Socialista (que fundou o PSTU).


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